https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/issue/feedRevista Feminismos2024-11-04T00:00:00+00:00CECILIA MARIA BACELLAR SARDENBERGceciliasard@gmail.comOpen Journal Systems<p>A Revista Feminismos tem como objetivo divulgar estudos interdisciplinares sobre mulheres, gênero e feminismos, sob a forma de artigos, traduções, ensaios, resenhas, entrevistas, dossiês temáticos e outras manifestações intelectuais que contribuam para o debate científico e para a produção de conhecimento na área, constituindo-se um canal de interlocução com as demandas e ações do feminismo nacional e internacional. <br />Área do conhecimento: - Multidisciplinar <br />ISSN (online): 2317-2932 - Periodicidade: Semestral</p>https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/45102ENTRE A CAPITAL E O SERTÃO DE PERNAMBUCO: AS RESSONÂNCIAS DOS RELACIONAMENTOS AMOROSOS ABUSIVOS EM MULHERES NOS TEMPOS LÍQUIDOS2023-06-22T00:25:01+00:00Marta Janaina Alvesmartinhajanaina10@hotmail.comLea Carla Oliveiraleabeloprofpsicologia@gmail.comA partir da compreensão sobre a modernidade líquida, os laços humanos<br />passam a ser entendidos como frágeis e artificiais, demarcando a transição das relações<br />de sólidas, para líquidas. Nesse sentido, apesar de transformações significativas frente aos<br />paradigmas sociais, as atribuições sociais de homem e mulher, ainda hoje são orientados<br />por uma visão cultural sexista e machista-patriarcal, que alimentam uma hierarquia entre<br />os gêneros, numa prática de dominação masculina em relação ao feminino. Assim, esta<br />pesquisa buscou investigar através da perspectiva teórica fenomenológica existencial,<br />com uma pergunta disparadora, de que maneira os relacionamentos amorosos abusivos<br />experienciados pelas mulheres em tempos líquidos repercutiram ou repercutem em suas<br />vidas, traçando um paralelo entre as mulheres residentes na capital e no Sertão do Moxotó<br />de Pernambuco.2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/46731“O QUE VOCÊ FEZ COM O DINHEIRO QUE EU TE DEI?”: MICROMACHISMOS NOS RELACIONAMENTOS ROMÂNTICOS NO CINEMA LATINO-AMERICANO2024-11-02T00:06:21+00:00Daniela Marisol Pérez Angaritadmpa7@hotmail.comOdacyr Roberth Moura da Silvaodacyrroberth@gmail.comAgnaldo Garciaagnaldo.garcia@uol.com.br<p>O objetivo deste trabalho é analisar a representação das diferentes manifestações de micromachismos nas relações entre casais heterossexuais no cinema latino-americano contemporâneo, para o qual foram selecionados (8) filmes. O conteúdo dos filmes foi submetido à Análise Temática de Braun e Clarke. As contribuições de Bonino (1996) sobre os micromachismos foram levadas em consideração. Foram encontrados diferentes tipos de micromachismos dentre os quais destacam-se os utilitários, relacionados ao desempenho das atividades domésticas no lar pelas mulheres, seguidos pelos coercitivos, encobertos e de crise. Reafirma-se a importância de desvendar as mensagens que aparecem no cinema, pois em sua maioria reforçam a visão sobre as mulheres em posição de desvantagem em relação aos seus parceiros românticos e, por sua vez, a perpetuação dos estereótipos masculinos e femininos nos relacionamentos românticos.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/46988OS USOS E ABUSOS DA NOÇÃO DE EMPODERAMENTO2023-10-26T00:42:00+00:00Laura Helena SantAnna da Silvalaura.sant@ufms.brJacy Correa Curadojacy.curado@ufms.br<p>O artigo apresenta os diferentes usos e abusos da noção do empoderamento, a partir da pesquisa na literatura acadêmica especializada, em buscas de periódicos nas bases de dados e em documentos públicos, como jornais, campanhas publicitárias às mulheres. Problematizamos a noção de poder trazidas por alguns autores (as) de referência do conceito. As matrizes encontradas na literatura acadêmica são: o feminismo negro da década de 70, a matriz deocolonial, a matriz da psicologia comunitária e a matriz da saúde mental. Apresentamos um mapeamento realizado em duas bases de dados, organizados em dois eixos de usos do empoderamento, das políticas públicas de governo e dos organismos internacionais. Com a popularização do termo, encontramos alguns abusos ou banalização do termo expresso em campanhas publicitárias endereçadas às mulheres. Deste modo, o artigo aponta a necessidade de discutir os diversos usos e abusos do empoderamento para refletir seus efeitos nas práticas cotidianas das mulheres.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/48218DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES E PODER POLÍTICO NA BOLÍVIA: CONTRADIÇÕES NO CONTEXTO HISTÓRICO DO NOVO CONSTITUCIONALISMO LATINO-AMERICANO2023-10-26T00:10:39+00:00FLAVIA HARDT SCHREINERflavia.hardt@gmail.com<p>O presente artigo delineia o contexto de conquistas em direitos humanos e políticos para as mulheres bolivianas a partir da transição para o novo constitucionalismo latino-americano em contraposição aos constantes episódios públicos de violências de gênero e política contra esses mesmos corpos. Trata-se de um estudo desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica e de bases teóricas advindas das teorias críticas e descoloniais do direito, bem como dos estudos de gênero. A partir dessa reflexão, questiona-se o campo da conquista formal de direitos para as mulheres em uma análise conceitual e empírica, fazendo-se um recorte de violência de gênero de cunho político ocorrida em meio aos protestos de 2019 na Bolívia. Esse episódio demonstra resquícios históricos da violência dos períodos de autoritarismo da região e revela estruturas coloniais e patriarcais em plena vigência no Estado Plurinacional.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/49808VIVÊNCIAS DE MULHERES LÉSBICAS NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM PSICOLOGIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA2024-11-03T19:36:44+00:00Jamyle Maria de Sousa Gonzagajamylemsousag22@gmail.comLarissa Ferreira Nuneslarissafnpsico@gmail.comLuís Fernando de Souza Benicioluisf.benicio@gmail.comJoão Paulo Pereira Barrosjoaopaulobarros07@gmail.com<p>Este estudo objetiva analisar como a produção científica do campo da psicologia brasileira tem debatido vivências de mulheres lésbicas. Trata-se de uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL), utilizando-se do método PRISMA. Os resultados, analisados a partir de diálogos da Psicologia Social com estudos feministas, decoloniais e interseccionais, organizam-se em três blocos: a) Estudos que não demarcam o termo "lesbianidade” tendem a focar principalmente na vivência de homens gays, mesmo se propondo a estudar a realidade de toda a comunidade LGBTQIA+; b) A constituição da mulher lésbica em que famílias heteronormativas atuam como reguladoras da sexualidade de suas filhas e a violência familiar se intensifica contra as lésbicas por elas romperem com a subordinação das mulheres em relação aos homens; e c) As vivências de mulheres lésbicas são invizibilizadas na medicina e na psicologia, o qual acarreta processos de saúde-doença-cuidado invisibilizados nas políticas públicas e nas produções científicas.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/50695A HIPERANDROGENIA NO ATLETISMO E O REGIME DA MEDICALIZAÇÃO COMPULSÓRIA2024-11-02T00:48:26+00:00Ana Lúcia Santosana.fonseca.santos@gmail.com<p>Discursos científicos e culturais em torno da testosterona têm classificado esta hormona como produtora de uma masculinidade universal e patologizado a sua presença em corpos designados do sexo feminino. É sob este viés que várias organizações desportivas restringem o acesso à competição de mulheres com hiperandrogenia, por considerarem valores elevados de testosterona conferem vantagem injusta sobre as restantes competidoras. Este artigo propõe desconstruir a conceção da testosterona enquanto hormona pertencente ao domínio de uma masculinidade cisgénero e considerá-la uma substância de interesse a todos os corpos independemente do sexo. Para auxiliar esta tarefa são analisadas as normas da entidade máxima do atletismo, a World Athletics, relativas à elegibilidade de mulheres com hiperandrogenia no atletismo.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/55652SOLIDÃO DA MULHER NEGRA IDOSA NO RECÔNCAVO BAIANO2024-05-02T11:39:17+00:00Rosemeire da Hora dos Santosrosemeire18santos@hotmail.comAndressa de Freitas Ribeiroandressa.antropologia@gmail.com<p>Neste artigo analisamos os impactos da solidão na vida de mulheres negras idosas do recôncavo baiano a partir de uma perspectiva interseccional. Para isso, optou-se metodologicamente pela pesquisa qualitativa. Como fonte de dados utilizamos as entrevistas a fim de conhecer suas narrativas de vida. Os resultados da investigação apontam que a maior longevidade feminina não é sinônimo de viver bem. Que a solidão é um fenômeno complexo e subjetivo que causa um estado psíquico de sofrimento e pode ser refletido no corpo e nas relações sociais das pessoas. No caso das mulheres idosas, ela realiza-se a partir de outras categorias e dimensões sociais, como sua raça/etnia, sua classe social, seu nível educacional, condições de saúde, etc. Nesse sentido, o embricamento dessas categorias tende a produzir dimensões mais profundas das desigualdades.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57426FEMINISMO RADICAL, CRÍTICA DE GÊNERO E A LUTA PELOS DIREITOS BASEADOS NO SEXO2023-10-31T15:23:26+00:00Fabiana Jordão Martinezfabianajordao@ufcat.edu.br<p>Este artigo objetiva de um lado, descrever e analisar as reivindicações do Feminismo Radical contemporâneo e de outro, compreender a experiência de se tornar uma ativista. O objetivo do Feminismo Radical tem sido “reconstituir a categoria mulher” com base no sexo através de uma crítica ao conceito de gênero, a entrada de transativistas no feminismo e ao que consideram a redução dos espaços, políticas e pautas destinadas as mulheres. Primeiro, mostro como o Feminismo Radical está em consonância com a atual tendência materialista das teorias críticas. Em seguida, exploro os dados de um survey executado em em 2021 sobre os motivos e as experiências que tem impelido cada vez mais mulheres ao Feminismo Radical. Por fim, mostro que as reivindicações por direitos descritas na Declaração da Woman´s Declaration Internacional Brasil (WDI Brasil) estão em consonância com estas experiências.</p> <p><em>Palavras chaves</em>: <em>Feminismo Radical, experiências, crítica a gênero, colisão de direitos</em>.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/50715CARTA PARA SIMONE2024-11-02T01:03:34+00:00Barbara Duarte Benattibarbara.d.benatti@gmail.com<p>O presente manuscrito é uma carta para uma alma desencarnada muito importante nos estudos dos feminismos, Simone de Beauvoir. A autora faz um panorama de como conheceu a obra de Simone de Beauvoir entrelação o período do <em>impeachment</em> de Dilma Rousseff, pesquisa de doutorado em andamento e outros textos de autoras feministas que se utilizaram das reflexões iniciadas por Beauvoir, como Grada Kilomba (2019), Valeska Zanello (2019), bell hook (2018), entre outras.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/63192“TODAS NÓS JUNTAS CONSTRUÍMOS FEMINISMO” – ENTREVISTA COM CARMEN SILVA2024-08-22T13:01:04+00:00Carmen Silvacarmen@soscorpo.org.brHevelyn Rosahevelynconceicao@gmail.com<p>A entrevista aborda temas centrais para o campo dos direitos das mulheres no Brasil, sobretudo na área da saúde, a partir da narrativa de Carmen Silva. Militante feminista negra, oriunda de São Luís do Maranhão e estabelecida em Recife, Pernambuco, Carmen Silva é socióloga, educadora e integrante da organização SOS Corpo e do Fórum de Mulheres de Pernambuco. O balanço histórico do campo da saúde da mulher é articulado a uma perspectiva imersa na experiência da construção coletiva da militância e destaca o protagonismo do feminismo popular na história dos movimentos feministas no Brasil.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismos