https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/issue/feedRevista Feminismos2024-12-11T01:39:49+00:00CECILIA MARIA BACELLAR SARDENBERGceciliasard@gmail.comOpen Journal Systems<p>A Revista Feminismos tem como objetivo divulgar estudos interdisciplinares sobre mulheres, gênero e feminismos, sob a forma de artigos, traduções, ensaios, resenhas, entrevistas, dossiês temáticos e outras manifestações intelectuais que contribuam para o debate científico e para a produção de conhecimento na área, constituindo-se um canal de interlocução com as demandas e ações do feminismo nacional e internacional. <br />Área do conhecimento: - Multidisciplinar <br />ISSN (online): 2317-2932 - Periodicidade: Semestral</p>https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/64914APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ MULHERES E LUTAS POLÍTICAS NA AMÉRICA LATINA: PERSPECTIVAS MATERIALISTAS2024-12-11T01:39:49+00:00Rafaela Cyrinorafaelacyrino@ufsj.edu.brPatrícia Trópiatropia@uol.com.brLuisina Bolla luisinabolla@gmail.com<p>O interesse em publicar um dossiê sobre as lutas políticas das mulheres na América Latina tem como propósito trazer experiências de resistência que foram, e estão sendo construídas, no chamado “continente latino-americano”. Se a denominação desse continente serve como marcador da dominação ibérica, na região, pode contribuir, também, para romper as fronteiras geográficas, linguísticas e nacionais, no sentido de construção de lutas sociais mais potentes, que sejam capazes de nos unir contra as opressões de classe, etnia/raça e sexo/gênero.</p>2024-12-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/62562LEGALIZAÇÃO DO ABORTO, CONTROLE DOS CORPOS E REPRODUÇÃO SOCIAL EM TEMPOS DE FASCISTIZAÇÃO POLÍTICA2024-07-18T14:52:51+00:00Maíra Kubik Taveira Manomairakubik@gmail.comEliane Vieira Lacerda Almeida elianealmeida@edu.unirio.br<p><span style="font-weight: 400;">O controle sobre os direitos reprodutivos está no centro da disputa sobre a reprodução social no capitalismo. A falta de autonomia para decidir sobre uma gestação é, após o feminicídio e a violência de gênero, uma das expressões mais extremadas da apropriação da máquina-força-de-trabalho feminino (Guillaumin, 1992), que permite a manutenção da divisão sexual do trabalho (Kergoat, 2009) e, consequentemente, de uma forma específica de exploração-dominação estruturante para a sustentação do sistema capitalista. Desde a Nova República, o acesso aos direitos reprodutivos no Brasil tem sido moeda de troca em negociações políticas no campo progressista, e, mais recentemente, com a intensificação da agenda neoliberal, alvo de ataques pela extrema-direita. Neste artigo, trataremos da ofensiva conservadora ao aborto legal considerando o entrelaçamento entre o backlash atual e o neoliberalismo.</span></p>2024-12-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/62170AS CORES DO LENÇO VERDE: BRANQUITUDE E PSICANÁLISE EM TRÂNSITO PELOS FEMINISMOS2024-07-01T20:34:39+00:00camila maggi rech noguezcanoguez@gmail.com<p>Quem somos nós, as feministas, que portam o lenço verde na luta pela legalização do aborto? O presente artigo se dá a partir de um corpo brasileiro em trânsito por Buenos Aires. Um corpo atravessado pela categoria mulher, pela branquitude e pela psicanálise. Trânsito cuja afetação produz efeitos na posição de escuta, acionando, neste ensaio-testemunho, a análise de discurso possível a respeito das textualidades que compõem os feminismos e seus territórios. O ensaio, como recurso metodológico, é entendido, aqui, como escritura que coloca autora e mundo em questão. Das <em>Madres da Plaza de Mayo, </em>em Buenos Aires<em>,</em> ao coletivo <em>Sister Song</em>, em Chicago, a reinvindicação pelo direito aos filhos vivos se amplia para a luta pela vida das mulheres, meninas e pessoas que gestam, ou seja, reivindica-se também o direito às filhas vivas. Concluímos, com as contribuições da linguística, que a noção de identidade (quem somos nós?) carrega o traço da diferença em sua constituição e em sua composição com outras identidades. Identidades feministas essas que não se apaziguam pois há algo que sempre resta de inassimilável, irrepresentável, forçando a passagem rumo à criação da resposta para a pergunta que move o ensaio.</p> <p>Palavras-chave<em>: identidade; aborto; psicanálise; justiça reprodutiva; feminismo</em></p>2024-12-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/64609APONTAMENTOS SOBRE UMA GERAÇAO DE MULHERES REVOLUCIONÁRIAS2024-11-21T10:23:37+00:00Maria Lygia Quartim de Moraesmariaquartim@gmail.com<p>A generalização da tortura em presos e suspeitos, o desaparecimento de oponentes políticos, os presídios políticos e os tribunais militares dominaram a América Latina no período das ditaduras militares. As perseguições <strong>políticas</strong> provocaram a fuga de centenas de militantes ou suspeitos para países em que pudessem viver com maior segurança<strong>.</strong> <strong>E</strong>xiste hoje uma volumosa bibliografia latino-americana sobre o tema da memória e do exílio, o que permite observar alguns temas recorrentes, como a constante referência ao país natal e projeto de retornar, o que nem sem sempre foi possível. Este artigo sintetiza o resultado de vários projetos de pesquisa sobre o tema do terrorismo de Estado, a experiência prisional, o exílio e os impasses da justiça transicional. Ao mesmo tempo, busca ressaltar a dimensão de gênero e as sevícias impostas às mulheres.</p> <p> </p>2024-12-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/62524LO INAPROPIABLE: TRANSGRESIONES FEMINISTAS AL SUR. ARSENAL FEMINISTA CONTRA LA DESESPERACIÓN2024-07-15T19:42:47+00:00Victoria Paserovictoriapasero@gmail.com<p>Em tempos de crise (que, junto com Rosa Luxemburgo e outros, entendemos ser permanente, e não episódica, no capitalismo), a violência se aprofunda. Entre elas, aquelas ligadas às relações de classe entre os sexos. Diante do avanço neofascista e, portanto, da misoginia liberada, é necessário que repensemos as relações entre economia política e corporalidade, entre neoliberalismo e patriarcado, entre subjetividade e capitalismo, e sua retroalimentação a partir da divisão sexual do trabalho. Os discursos não estão desvinculados das experiências das pessoas. Por essa razão, refletimos sobre as marcas deixadas pelas transformações do capitalismo nas subjetividades e corporeidades, com as chaves de leitura de Paola Tabet <span style="font-weight: 400;">(2018, 2005 [1979/1998]</span>.</p> <p>Pensamos a partir das contribuições do feminismo materialista do Sul, e construímos pontes com outras reflexões e pensadores, trazemos diferentes construções teóricas e experiências políticas que, como constelações (Bolla, 2024), coexistem, em diferentes lugares, em tempos contínuos e às vezes descontínuos, mas que são lidos em um horizonte de utopia feminista no Sul (Ciriza, 2023). Colocamos em diálogo autores, sentimentos e experiências políticas localizadas no Sul, a fim de traçar, em uma busca mais ampla, as possibilidades de transgressões feministas a partir do Abya Yala.</p> <p>Recuperamos essa dimensão que permanece inapropiable, que resiste em nossos corpos e que nos fornece nosso próprio arsenal para nos armarmos contra as investidas patriarcais, capitalistas e coloniais de nossos tempos.</p> <p> </p>2024-12-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/62508FEMINISMOS DECOLONIAIS: LIÇÕES DE RESISTÊNCIA ATIVA DE MULHERES DA TERRA EM “NUESTRA AMÉRICA” 2024-07-15T15:30:33+00:00Gema Galgani Silveira Leite Esmeraldogemaesmeraldo@gmail.com<p>As mulheres latino-americanas estão pensadas nesse texto a partir de suas próprias narrativas. Debruço-me sobre suas falas que trazem alegrias e tristezas ao relatarem lutas e resistências em seus corpos/territórios, que remetem a processos de oposição ao capitalismo, ao patriarcado e a negação à suas diferentes formas de existência. Encontro no diálogo com mulheres camponesas e indígenas lutas primordiais relacionadas ao direito à terra e ao território para que seus corpos possam se reconhecer saudáveis e vivos. Vinculam as lutas materiais às lutas por uma sociedade de afetos, de memórias, de vida e não de sacrifícios. Denunciam as alianças entre o mercado capitalista e os Estados-nação a destruírem deliberadamente os ambientes naturais. Encontro no pensamento de Rosa Luxemburg e na Economia Feminista ideias promissoras a compor arquiteturas de desbravamentos cognitivos e sensitivos nas práticas e pensamentos que compõem a diversidade constitutiva das mulheres da terra. </p>2024-12-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/62373ECONOMIA POLÍTICA DO SEXO E O PROCESSO DE EXPULSÃO DAS MULHERES DO MUNDO DA POLÍTICA NO BRASIL2024-07-15T14:42:28+00:00Rafaela Cyrinorafaelacyrino@ufsj.edu.brPatrícia Trópiatropia@ufu.br<p>Este artigo buscou identificar e investigar os mecanismos misóginos que foram acionados para provocar a expulsão de mulheres que obtiveram, nos últimos anos no Brasil, alguma forma de visibilidade/ascensão no mundo político. A partir dos dados sobre a violência política e eleitoral contra candidatas(os) nas redes disponibilizados pelo MonitorA (2023), o estudo se concentrou na análise do processo de objetificação a que estas estão sujeitas, levando-se em conta a imbricação de opressões. O estudo, que se nutre teoricamente das reflexões produzidas pelo feminismo materialista francófono, se insere no campo da economia política do sexo, estando ancorado na concepção de sexo como uma categoria política. A análise identificou, que, no contexto de ascensão da extrema-direita, uma misoginia mais acentuada, (neo)fascista, engendra práticas mais agressivas e perversas contra mulheres do campo da esquerda, as quais visam não só desqualificá-las enquanto sujeitos políticos, mas aterrorizá-las, com ameaças de estupro ou de morte.</p> <p><strong>Palavras-chaves:</strong> misoginia, política, objetificação, apropriação das mulheres, neofascismo. </p>2024-12-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/62397¡TENEMOS FURIA! DEMANDAS E REFLEXÕES DO FEMINISMO SOCIALISTA CHILENO (1981-1986)2024-07-15T14:57:44+00:00Júlia Glaciela Da Silva Oliveirajulia.glaciela@ufabc.edu.br<p>Em 1973, o Chile sofreu um golpe político militar que alterou profundamente as transformações sociais e econômicas logradas nos últimos anos. Para além da violência instaurada contra os opositores, Augusto Pinochet inaugurou, na América Latina, um novo modelo econômico: o neoliberalismo. Desta forma, o Chile transitou do socialismo, escolhido pela via democrática, para um regime neoliberal imposto pela violência da ditadura. Os efeitos desta drástica mudança ainda são sentidos pela população que se viu alijada de direitos fundamentais, como educação e saúde. As mulheres foram fortemente afetadas pelo novo regime; seja pela violência perpetrada pelo Estado, seja pelas medidas econômicas que acarretaram o que foi denominado de "feminização da pobreza". A Federación de Mujeres Socialista, uma entidade clandestina, discutiu e denunciou, por meio da revista Furia, o efeito do novo cenário chileno no cotidiano feminino. O periódico circulou entre os anos de 1980 e 1983, sempre de forma clandestina e com artigos assinados por pseudônimos. Desta forma, neste artigo visamos analisar como a publicação discutiu as opressões que recaem sobre as mulheres, em um contexto neoliberal e da ausência democrática, bem como as relações entre feminismo e socialismo.</p>2024-12-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/62517A ATUAÇÃO DE MULHERES BRASILEIRAS JUNTO AO COMITÊ CEDAW PARA O ENFRENTAMENTO DAS SUBALTERNIDADES2024-07-15T19:27:22+00:00Natalia de Souza Lisboanatalialisboa@ufop.edu.brAna Laura Marques Gervásioana-gervasio@hotmail.com<p>A presente pesquisa foi formulada a partir do seguinte problema: a CEDAW vem sendo eficaz para a proteção e promoção dos direitos humanos das mulheres no Brasil? O objetivo é fazer uma análise da atuação das mulheres brasileiras para calcarem incidência institucional em locais de disputa de poder no contexto da CEDAW no Brasil. Para isso, desenvolve-se uma investigação qualitativa, teórica e documental, do tipo análise de conteúdo, com perspectiva interdisciplinar e de cunho jurídico-sociológico. A partir do arcabouço teórico especializado elaborou-se a hipótese de que a articulações dos movimentos sociais feministas são representativas da insurgência pela decolonialidade dos direitos humanos das mulheres, utilizando-se de mecanismos do direito internacional frente a manifesto descumprimento institucionalizado de direitos das mulheres no país.</p>2024-12-11T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/63192“TODAS NÓS JUNTAS CONSTRUÍMOS FEMINISMO” – ENTREVISTA COM CARMEN SILVA2024-08-22T13:01:04+00:00Carmen Silvacarmen@soscorpo.org.brHevelyn Rosahevelynconceicao@gmail.com<p>A entrevista aborda temas centrais para o campo dos direitos das mulheres no Brasil, sobretudo na área da saúde, a partir da narrativa de Carmen Silva. Militante feminista negra, oriunda de São Luís do Maranhão e estabelecida em Recife, Pernambuco, Carmen Silva é socióloga, educadora e integrante da organização SOS Corpo e do Fórum de Mulheres de Pernambuco. O balanço histórico do campo da saúde da mulher é articulado a uma perspectiva imersa na experiência da construção coletiva da militância e destaca o protagonismo do feminismo popular na história dos movimentos feministas no Brasil.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/63123A VIOLÊNCIA DE GÊNERO E O MACHISMO ESTRUTURAL NO BRASIL: ENLACES ENTRE PSICANÁLISE, POLÍTICA E FEMINISMO2024-08-19T19:53:49+00:00Rose Gurskirosegurski@ufrgs.brBruna Ferreira de Oliveiraoliveira.bruna@usp.brLuiz Felipe Soares Araujofelipearaujopsico@usp.br<p><span style="font-weight: 400;">Sempre é tempo dos direitos das mulheres sofrerem ameaças. Neste artigo, partimos da proposição do Projeto de Lei 1904/2024 a fim de refletir sobre o modo como as expressões atuais da tirania masculina – efeito do machismo estrutural brasileiro – repercutem na manutenção da invisibilidade feminina no laço social. Queremos compreender melhor o que fazer com a misoginia ancestral brasileira que vem subjugando mulheres e meninas, especialmente as negras e subalternizadas, há muitos séculos e das mais variadas formas. Por fim, propomos pensar de que modo a política, em articulação com a psicanálise, pode nos ajudar no combate à violência simbólica e institucional na direção de corpos femininos.</span></p>2024-12-19T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/50183VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER BRASILEIRA NA ZONA RURAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA2023-10-24T23:59:17+00:00Natalia Cristina Coelhonaticoelho2015@gmail.comGuilherme Welter Wendtguilherme.wendt@unioeste.br<p>O presente estudo reporta uma revisão da literatura nacional e internacional sobre violência contra a mulher rural brasileira. Foram consultadas quatro bases de dados (Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior,<em> Directory of Open Access Journals</em>, Google <em>Scholar e Scientific Electronic Library Online</em>). Do total de 29 trabalhos encontrados, 13 foram considerados potencialmente relevantes. Os resultados apontam para a dificuldade de acesso à rede de proteção por parte da mulher campesina, além da dependência financeira e psicológica do agressor. Concluiu-se que residir na zona rural pode agravar os casos de violência contra a mulher, visto a dependência financeira da vítima, a distância entre os centros urbanos e a zona rural, além da estigmatização e criação da mulher campesina.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/46731“O QUE VOCÊ FEZ COM O DINHEIRO QUE EU TE DEI?”: MICROMACHISMOS NOS RELACIONAMENTOS ROMÂNTICOS NO CINEMA LATINO-AMERICANO2024-11-02T00:06:21+00:00Daniela Marisol Pérez Angaritadmpa7@hotmail.comOdacyr Roberth Moura da Silvaodacyrroberth@gmail.comAgnaldo Garciaagnaldo.garcia@uol.com.br<p>O objetivo deste trabalho é analisar a representação das diferentes manifestações de micromachismos nas relações entre casais heterossexuais no cinema latino-americano contemporâneo, para o qual foram selecionados (8) filmes. O conteúdo dos filmes foi submetido à Análise Temática de Braun e Clarke. As contribuições de Bonino (1996) sobre os micromachismos foram levadas em consideração. Foram encontrados diferentes tipos de micromachismos dentre os quais destacam-se os utilitários, relacionados ao desempenho das atividades domésticas no lar pelas mulheres, seguidos pelos coercitivos, encobertos e de crise. Reafirma-se a importância de desvendar as mensagens que aparecem no cinema, pois em sua maioria reforçam a visão sobre as mulheres em posição de desvantagem em relação aos seus parceiros românticos e, por sua vez, a perpetuação dos estereótipos masculinos e femininos nos relacionamentos românticos.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/45102ENTRE A CAPITAL E O SERTÃO DE PERNAMBUCO: AS RESSONÂNCIAS DOS RELACIONAMENTOS AMOROSOS ABUSIVOS EM MULHERES NOS TEMPOS LÍQUIDOS2023-06-22T00:25:01+00:00Marta Janaina Alvesmartinhajanaina10@hotmail.comLea Carla Oliveiraleabeloprofpsicologia@gmail.comA partir da compreensão sobre a modernidade líquida, os laços humanos<br />passam a ser entendidos como frágeis e artificiais, demarcando a transição das relações<br />de sólidas, para líquidas. Nesse sentido, apesar de transformações significativas frente aos<br />paradigmas sociais, as atribuições sociais de homem e mulher, ainda hoje são orientados<br />por uma visão cultural sexista e machista-patriarcal, que alimentam uma hierarquia entre<br />os gêneros, numa prática de dominação masculina em relação ao feminino. Assim, esta<br />pesquisa buscou investigar através da perspectiva teórica fenomenológica existencial,<br />com uma pergunta disparadora, de que maneira os relacionamentos amorosos abusivos<br />experienciados pelas mulheres em tempos líquidos repercutiram ou repercutem em suas<br />vidas, traçando um paralelo entre as mulheres residentes na capital e no Sertão do Moxotó<br />de Pernambuco.2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/62540MOVIMENTO FEMINISTA, INTERSECCIONALIDADE E TERRITORIALIDADE: UMA ANÁLISE DAS INIQUIDADES REGIONAIS NO ACESSO AOS SERVIÇOS DE ABORTO LEGAL NO BRASIL2024-08-01T01:44:26+00:00Keren Clementina Martins Françakerenmartins223@gmail.comAna Luiza Abrão Queirozanaabraoqueiroz@gmail.comPaula Rita Bacellar Gonzagapaularitabacellargonzaga@gmail.com<p><strong> </strong><span style="font-weight: 400;">A partir da pesquisa “Psicologia e atenção humanizada ao abortamento no Brasil”, fundamentada na psicologia social feminista e do feminismo decolonial, realizou-se um mapeamento das informações e dados disponíveis nos canais oficiais sobre os serviços de aborto legal no Brasil. Nesse artigo apresentamos os resultados acerca da desigualdade de oferta e acesso a esses serviços no que tange às assimetrias regionais, raciais e econômicas que estruturam a sociedade brasileira. Constatou-se maior disponibilidade dos serviços em regiões de maioria populacional branca, bem como nos centros urbanos das regiões sul e sudeste. Conclui-se assim a fragilidade dos princípios organizativos do SUS no que tange a garantia do aborto, bem como a manutenção da colonialidade de gênero a partir da instrumentalização das hierarquias raciais, territoriais e econômicas como barreiras de acesso.</span></p> <p> </p>2024-12-19T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/50735“GRÁVIDAS HISTÓRIAS”: A MULHER MILITANTE NA DITADURA MILITAR NO BRASIL2022-09-24T03:44:36+00:00Joyce Alves da Silvaufrrjoyce@gmail.comLeandro Rodrigues Nascimento da Silva leandrosalesufrrj@outlook.com<p>Este artigo aborda a história da luta das mulheres durante e contra a Ditadura Militar no Brasil. Como recorte temporal, nos ateremos aos anos de 1964 – com breves reflexões sobre anos anteriores para efeito de ligação dos fatos que nos levaram ao golpe do ano citado – a 1979. Este estudo foi realizado com base na abordagem da pesquisa qualitativa bibliográfica. Nosso objetivo-chave é contribuir para a percepção de como eram vistas as mulheres militantes que ora precisavam fazer frente ao autoritarismo militar, e ora precisavam fazer frente ao conservadorismo também adotado em parte por algumas organizações de esquerda.</p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/50751O FEMINISMO RADICAL EM QUESTÃO: UMA SISTEMATIZAÇÃO DAS PERSPECTIVAS DO FEMINISMO RADICAL DA SEGUNDA ONDA DO MOVIMENTO FEMINISTA ESTADUNIDENSE (1968 – 1975)2024-11-02T01:41:16+00:00Cristian Sparembergersparemberger@hotmail.com<p class="BibliografiaABNT" style="text-indent: 0cm; line-height: normal;"><span style="font-size: 11.0pt;">A segunda onda do movimento feminista caracterizou-se por o feminismo não ser mais um movimento monolítico. Se a primeira onda do movimento feminista vislumbrou a conquista de direitos políticos, as feministas radicais da segunda onda, por meio de perspectivas revolucionárias, questionaram a dominação masculina apresentando que os problemas pessoais das mulheres não eram privados, mas sim, políticos. Objetivando compreender o pensamento feminista radical oriundo da segunda onda do movimento feministas nos Estados Unidos, o presente estudo realiza uma exposição das principais ideias desenvolvidas pelas pensadoras do feminismo radical estadunidense. A partir do método revisão bibliográfica expomos os postulados teóricos promovidos pelas feministas dos distintos movimentos radicais que se apresentaram nos Estados Unidos ao final da década de sessenta. Vislumbrando organizar de forma sistemática o pensamento político das feministas radicais, apresentamos o conceito de patriarcado, a ideia das mulheres enquanto classe social, a visão dos grupos radicais em relação aos homens e a postura das radicais <em>vis-à-vis</em> algumas das principais instituições ocidentais, como a família, o casamento, a igreja e o sexo. A partir da revisão de literatura realizada, também diagnosticamos as principais heranças que o feminismo radical da segunda onda ofereceu ao pensamento feminista e como a construção teórica feminista radical apresentou um caráter estratégico ao movimento.</span></p>2024-12-20T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57426FEMINISMO RADICAL, CRÍTICA DE GÊNERO E A LUTA PELOS DIREITOS BASEADOS NO SEXO2023-10-31T15:23:26+00:00Fabiana Jordão Martinezfabianajordao@ufcat.edu.br<p>Este artigo objetiva de um lado, descrever e analisar as reivindicações do Feminismo Radical contemporâneo e de outro, compreender a experiência de se tornar uma ativista. O objetivo do Feminismo Radical tem sido “reconstituir a categoria mulher” com base no sexo através de uma crítica ao conceito de gênero, a entrada de transativistas no feminismo e ao que consideram a redução dos espaços, políticas e pautas destinadas as mulheres. Primeiro, mostro como o Feminismo Radical está em consonância com a atual tendência materialista das teorias críticas. Em seguida, exploro os dados de um survey executado em em 2021 sobre os motivos e as experiências que tem impelido cada vez mais mulheres ao Feminismo Radical. Por fim, mostro que as reivindicações por direitos descritas na Declaração da Woman´s Declaration Internacional Brasil (WDI Brasil) estão em consonância com estas experiências.</p> <p><em>Palavras chaves</em>: <em>Feminismo Radical, experiências, crítica a gênero, colisão de direitos</em>.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/55652SOLIDÃO DA MULHER NEGRA IDOSA NO RECÔNCAVO BAIANO2024-05-02T11:39:17+00:00Rosemeire da Hora dos Santosrosemeire18santos@hotmail.comAndressa de Freitas Ribeiroandressa.antropologia@gmail.com<p>Neste artigo analisamos os impactos da solidão na vida de mulheres negras idosas do recôncavo baiano a partir de uma perspectiva interseccional. Para isso, optou-se metodologicamente pela pesquisa qualitativa. Como fonte de dados utilizamos as entrevistas a fim de conhecer suas narrativas de vida. Os resultados da investigação apontam que a maior longevidade feminina não é sinônimo de viver bem. Que a solidão é um fenômeno complexo e subjetivo que causa um estado psíquico de sofrimento e pode ser refletido no corpo e nas relações sociais das pessoas. No caso das mulheres idosas, ela realiza-se a partir de outras categorias e dimensões sociais, como sua raça/etnia, sua classe social, seu nível educacional, condições de saúde, etc. Nesse sentido, o embricamento dessas categorias tende a produzir dimensões mais profundas das desigualdades.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/50695A HIPERANDROGENIA NO ATLETISMO E O REGIME DA MEDICALIZAÇÃO COMPULSÓRIA2024-11-02T00:48:26+00:00Ana Lúcia Santosana.fonseca.santos@gmail.com<p>Discursos científicos e culturais em torno da testosterona têm classificado esta hormona como produtora de uma masculinidade universal e patologizado a sua presença em corpos designados do sexo feminino. É sob este viés que várias organizações desportivas restringem o acesso à competição de mulheres com hiperandrogenia, por considerarem valores elevados de testosterona conferem vantagem injusta sobre as restantes competidoras. Este artigo propõe desconstruir a conceção da testosterona enquanto hormona pertencente ao domínio de uma masculinidade cisgénero e considerá-la uma substância de interesse a todos os corpos independemente do sexo. Para auxiliar esta tarefa são analisadas as normas da entidade máxima do atletismo, a World Athletics, relativas à elegibilidade de mulheres com hiperandrogenia no atletismo.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/49808VIVÊNCIAS DE MULHERES LÉSBICAS NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM PSICOLOGIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA2024-11-03T19:36:44+00:00Jamyle Maria de Sousa Gonzagajamylemsousag22@gmail.comLarissa Ferreira Nuneslarissafnpsico@gmail.comLuís Fernando de Souza Benicioluisf.benicio@gmail.comJoão Paulo Pereira Barrosjoaopaulobarros07@gmail.com<p>Este estudo objetiva analisar como a produção científica do campo da psicologia brasileira tem debatido vivências de mulheres lésbicas. Trata-se de uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL), utilizando-se do método PRISMA. Os resultados, analisados a partir de diálogos da Psicologia Social com estudos feministas, decoloniais e interseccionais, organizam-se em três blocos: a) Estudos que não demarcam o termo "lesbianidade” tendem a focar principalmente na vivência de homens gays, mesmo se propondo a estudar a realidade de toda a comunidade LGBTQIA+; b) A constituição da mulher lésbica em que famílias heteronormativas atuam como reguladoras da sexualidade de suas filhas e a violência familiar se intensifica contra as lésbicas por elas romperem com a subordinação das mulheres em relação aos homens; e c) As vivências de mulheres lésbicas são invizibilizadas na medicina e na psicologia, o qual acarreta processos de saúde-doença-cuidado invisibilizados nas políticas públicas e nas produções científicas.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/48218DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES E PODER POLÍTICO NA BOLÍVIA: CONTRADIÇÕES NO CONTEXTO HISTÓRICO DO NOVO CONSTITUCIONALISMO LATINO-AMERICANO2023-10-26T00:10:39+00:00FLAVIA HARDT SCHREINERflavia.hardt@gmail.com<p>O presente artigo delineia o contexto de conquistas em direitos humanos e políticos para as mulheres bolivianas a partir da transição para o novo constitucionalismo latino-americano em contraposição aos constantes episódios públicos de violências de gênero e política contra esses mesmos corpos. Trata-se de um estudo desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica e de bases teóricas advindas das teorias críticas e descoloniais do direito, bem como dos estudos de gênero. A partir dessa reflexão, questiona-se o campo da conquista formal de direitos para as mulheres em uma análise conceitual e empírica, fazendo-se um recorte de violência de gênero de cunho político ocorrida em meio aos protestos de 2019 na Bolívia. Esse episódio demonstra resquícios históricos da violência dos períodos de autoritarismo da região e revela estruturas coloniais e patriarcais em plena vigência no Estado Plurinacional.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/46988OS USOS E ABUSOS DA NOÇÃO DE EMPODERAMENTO2023-10-26T00:42:00+00:00Laura Helena SantAnna da Silvalaura.sant@ufms.brJacy Correa Curadojacy.curado@ufms.br<p>O artigo apresenta os diferentes usos e abusos da noção do empoderamento, a partir da pesquisa na literatura acadêmica especializada, em buscas de periódicos nas bases de dados e em documentos públicos, como jornais, campanhas publicitárias às mulheres. Problematizamos a noção de poder trazidas por alguns autores (as) de referência do conceito. As matrizes encontradas na literatura acadêmica são: o feminismo negro da década de 70, a matriz deocolonial, a matriz da psicologia comunitária e a matriz da saúde mental. Apresentamos um mapeamento realizado em duas bases de dados, organizados em dois eixos de usos do empoderamento, das políticas públicas de governo e dos organismos internacionais. Com a popularização do termo, encontramos alguns abusos ou banalização do termo expresso em campanhas publicitárias endereçadas às mulheres. Deste modo, o artigo aponta a necessidade de discutir os diversos usos e abusos do empoderamento para refletir seus efeitos nas práticas cotidianas das mulheres.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismoshttps://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/50715CARTA PARA SIMONE2024-11-02T01:03:34+00:00Barbara Duarte Benattibarbara.d.benatti@gmail.com<p>O presente manuscrito é uma carta para uma alma desencarnada muito importante nos estudos dos feminismos, Simone de Beauvoir. A autora faz um panorama de como conheceu a obra de Simone de Beauvoir entrelação o período do <em>impeachment</em> de Dilma Rousseff, pesquisa de doutorado em andamento e outros textos de autoras feministas que se utilizaram das reflexões iniciadas por Beauvoir, como Grada Kilomba (2019), Valeska Zanello (2019), bell hook (2018), entre outras.</p>2024-11-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Feminismos