https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/issue/feed Revista Feminismos 2024-06-26T02:53:01+00:00 CECILIA MARIA BACELLAR SARDENBERG ceciliasard@gmail.com Open Journal Systems <p>A Revista Feminismos tem como objetivo divulgar estudos interdisciplinares sobre mulheres, gênero e feminismos, sob a forma de artigos, traduções, ensaios, resenhas, entrevistas, dossiês temáticos e outras manifestações intelectuais que contribuam para o debate científico e para a produção de conhecimento na área, constituindo-se um canal de interlocução com as demandas e ações do feminismo nacional e internacional. <br />Área do conhecimento: - Multidisciplinar <br />ISSN (online): 2317-2932 - Periodicidade: Semestral</p> https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/56573 RECURSOS SOCIAIS E FINANCIAMENTO NAS CAMPANHAS DAS VEREADORAS ELEITAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS (2016 E 2020) 2024-02-21T03:31:43+00:00 Diana Azeredo azeredo_diana@yahoo.com.br Maria Lúcia Moritz maluciamor@gmail.com <p>A desigualdade política no Brasil fica evidenciada pelos baixos percentuais de presença feminina nas esferas de poder, embora a exclusão seja vivenciada de forma distinta pelas mulheres. Nossa proposta metodológica para a análise dos dados é a quantitativa e tem como foco investigar gênero e raça, por entender que a raça é uma chave fundamental para compreender a dinâmica eleitoral e a sub-representação das negras. Adotamos a perspectiva comparada entre brancas e negras para estudar as vereadoras eleitas nas 26 capitais brasileiras em 2016 e 2020. Assim, selecionamos três variáveis mobilizadas para a conquista da vereança: financiamento público, escolaridade e patrimônio. Entre os principais resultados, verificamos assimetrias na quantidade de financiamento acessado e no patrimônio declarado pelas eleitas brancas e negras. A alta escolaridade é um ponto em comum entre elas. Dessa forma, buscamos contribuir com os estudos eleitorais no Brasil a partir da perspectiva interseccional.</p> 2024-05-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/56539 LESBOFEMINISMO NA BAHIA: UM ESTUDO SOBRE O GRUPO LÉSBICO DA BAHIA (1993-2003) 2024-04-25T02:49:35+00:00 Zuleide Paiva da Silva eidepaivasilva@gmail.com Janja Araujo janja.ufba@gmail.com Rosana Meire Vieira de Jesus rmvieira@uneb.br <p>Estudos apontam que os movimentos de lésbicas no Brasil têm sua história imbricada aos movimentos LGBT e feministas, embora deveras invisibilizados por todos eles. Porém, passados mais de quatro décadas, desde sua origem atrelada à efervescência dos movimentos sociais urbanos que protagonizaram a luta por direitos e cidadania nos anos 70-80, ainda faz-se necessário reafirmar o papel fundamental das lésbicas feministas na luta contra a lesbofobia e na construção do estado democrático de direitos que se consolidou no Brasil na metade dos anos 80. Ainda hoje, quando as manifestações de preconceitos de todas as ordens permanecem tão atuais, é preciso, sobretudo, ressaltar o lugar político das ações formativas das ativistas lesbofeministas no enfrentamento à lesbofobia, ao racismo, sexismo e embates de classe. Com esse desafio, este texto assume os estudos sobre a lesbianidade no campo feminista com o propósito de refletir o papel educador do GLB– Grupo Lésbico da Bahia, primeira organização não governamental lésbica do Norte e Nordeste do Brasil, criada em 1993 e extinta em 2003. Para tanto, assume a experiência como ponto de partida e recorre às fontes bibliográfica, documental, oral e à memória subjetiva, apontando como resultado uma cartografia aberta do pensamento/movimento do GLB.</p> 2024-05-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/53970 A (AUTO)NARRATIVA DE VIDA COMO MÉTODO REFLEXIVO DOS PAPÉIS IDENTITÁRIOS DE PESQUISADORAS FEMINISTAS 2023-04-12T15:39:32+00:00 Gabriela Rabello de Lima rabello_de_lima.gabriela@courrier.uqam.ca Consuelo Vásquez vasquez.consuelo@uqam.ca <p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho apresenta o método de (auto)narrativa de vida e o utiliza em um estudo empírico. Neste estudo, explora-se a experiência da Autora, pesquisadora que sobreviveu a violência de gênero. Como método de autoetnografia, a (auto)narrativa de vida materializa a reflexividade de sujeitos que têm sido historicamente usados como objetos, através da compreensão dos elementos de suas identidades e alteridades. Assim, este trabalho demonstra a construção metodológica da ferramenta que foi baseada no método narrativo sugerido por Montgomery (2016). Com base nos resultados, argumenta-se que a aplicação do método de (auto)narrativa de vida possibilita as pesquisadoras envolvidas compreender suas identidades como dúbias e/ou fluidas. A conclusão do presente estudo estimula novas pesquisas na área e auxilia a pesquisadoras racializadas a desenvolverem suas pesquisas por meio de uma compreensão profunda dos significados de seus papéis identitários.</span></p> 2024-05-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/50943 “SE VOCÊ NÃO FOR MINHA, NÃO SERÁ DE MAIS NINGUÉM”: O FEMICÍDIO E O FEMINICÍDIO EM PAUTA 2024-05-16T17:47:23+00:00 Rahyan de Carvalho Alves rahyancarvalho@yahoo.com.br Victória Caroline Vidal victoria.caroline.vidal.13@gmail.com Iara Soares de França iara.franca@unimontes.br <p>A violência contra a mulher está inclusa no rol de crimes que violam os Direitos Humanos e denota, sobremaneira, o desprezo do homem agressor à dignidade, autonomia e liberdade da mulher. Diz respeito a uma violência perpetrada pelo fato de ser mulher e ocorre independente da raça, etnia, classe social ou orientação sexual. Nesta direção, este artigo discorrerá a respeito da violência contra a mulher, em específico, o feminicídio. Para alcançar o escopo da pesquisa, tecemos reflexões sobre os termos femicídio e feminicídio, esclarecendo a definição e conceituação, diferenciando-os; apresentamos o Caso Ciudad Juarez, México, que suscitou os debates sobre a especificidade do crime em comento e a primeira implementação da Lei do Feminicídio; em seguida, concedemos ênfase à inovação legislativa brasileira de 2015; analisamos os dados da incidência do crime à luz do Monitor da Violência, de 2017 a 2023, e realçamos as discussões em torno da categoria gênero na educação. Apesar dos avanços, há uma trajetória longa a ser vencida para logramos a prevenção, proteção e punição à altura da gravidade dos crimes, que perpassa a maior eficiência e efetividade das esferas jurídicas, assistencial, de segurança e saúde pública, de modo a não ficar restrito ao aparato legislativo</p> 2024-05-30T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/45010 NO PÉ QUE BROTOU MARIA, NEM MARGARIDA NASCEU: TRAJETÓRIAS DO CUIDADO Á MULHER EM SITUAÇÕES DE ABORTAMENTO 2023-04-05T01:59:09+00:00 Yárita Crys Alexandre Hissa Medeiros ychissa@gmail.com Katherine Jeronimo Lima katherine.jeronimo@gmail.com <p>O tema do Aborto tem sido discutido há décadas. Transpassado por dilemas éticos e morais, o abortamento clandestino, ainda sim, possui uma grande incidência entre as mulheres. Atemorizadas pelo receio da punição, muitas destas se submetem a procedimentos inseguros para sua saúde. Além da dimensão biológica, o sofrimento destas mulheres dá-se, também, na dimensão da saúde mental. Entendendo a urgência de um pensar crítico sobre esse assunto esta pesquisa voltou-se analisar qual o percurso de cuidado das mulheres que vivenciaram o aborto provocado a partir da perspectiva dos profissionais de saúde. Para tanto, adotaremos o método da “Entrevista Reflexiva” que irá auxiliar-nos a apreender os significados dados por duas enfermeiras, duas Agentes de Saúde e duas residentes; de uma Unidade Básica de Saúde em Fortaleza. Após as entrevistas, houve a análise das falas e discussão.</p><p><strong>Palavras-chave:</strong> Aborto, Saúde da Mulher, Direitos Reprodutivos, Atenção Básica</p><p> </p><p> </p> 2024-04-24T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/56661 ABORTAMENTO LEGAL APÓS ESTUPRO: RELATOS DE SOFRIMENTOS E DE ENFRENTAMENTO 2024-04-29T20:37:32+00:00 Giovanna Malavolta Pizzo giovannapizzo55@gmail.com Rafael De Tilio rafael.tilio@uftm.edu.br <p>Quando decorre gravidez da violência sexual (estupro) as mulheres podem decidir seguir com a gestação ou interrompê-la. O objetivo dessa investigação foi compreender como mulheres produzem sentidos sobre suas histórias, seus corpos e sexualidades após a realização de uma interrupção legal da gestação decorrente de estupro. Foram realizadas entrevistas com seis mulheres que utilizaram os serviços de interrupção legal da gestação em uma cidade de Minas Gerais, cujos conteúdos foram organizados através da análise temática reflexiva em três categorias. Para análise dos dados, partimos dos pressupostos das epistemologias feministas. Através dos relatos dessas mulheres fomos capazes de perceber que existe uma grande dificuldade no caminho dessas mulheres até os serviços de saúde, assim como um escancarado sofrimento perante as realidades das inúmeras violências sofridas</p> 2024-05-02T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/55874 PSICOTERAPIA FEMINISTA E SAÚDE MENTAL GENDRADA 2024-04-18T02:28:06+00:00 Lara Araujo Roseira Cannone laracannone@gmail.com Ângela Maria Freire de Lima e Souza freiredelimaesouza@gmail.com <p>A terapia feminista é um dos resultados da parceria entre a psicologia e o feminismo, que busca evidenciar a indissociabilidade entre subjetividades e meio social. No entanto, essa é uma proposta ainda pouco divulgada, mesmo sendo uma contribuição teórica e prática urgente para a disciplina psicológica em termos de pensar a complexidade do sujeito enredado nas estruturas de poder de gênero, sexualidade e raça. A fim de elucidar o campo e visibilizar as possibilidades contra-hegemônicas na ciência e profissão, este trabalho de cunho teórico aborda o escopo da terapia feminista e da saúde mental sob a ótica das relações de gênero.</p> <p>&nbsp;</p> 2024-04-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57028 MISOGINIA ONLINE: A RED PILL NO AMBIENTE VIRTUAL BRASILEIRO 2023-10-12T01:17:43+00:00 Ana Carolina Weselovski da Silva anaweselovskisilva@outlook.com Inês Hennigen ineshennigen@gmail.com <p>O presente artigo aborda questões relacionadas a alguns grupos que fazem parte da chamada manosfera, ou machosfera, que atuam principalmente por intermédio da internet. Este trabalho apresenta um trecho de uma pesquisa cartográfica que se deu por meio das redes sociais e páginas usadas pelos grupos que fazem parte da manosfera. Através desta cartografia buscamos produzir reflexões críticas acerca dos afetos que perpassam esses grupos, da sua defesa à masculinidade hegemônica e a forma como as mulheres são apresentadas nesse meio. Vemos que, por mais que dentro deste ambiente esses sujeitos se digam à princípio apenas preocupados com problemas e adversidades enfrentadas pelos homens na atualidade, o que trazem à tona e tornam evidente é muito da misoginia e do desprezo às mulheres ainda presentes no meio social.</p> 2024-04-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57321 SOBRE ALICES, IVONES E MARIAS: MULHERES VÍTIMAS DE FEMINICÍDIO NO BRASIL 2023-10-20T21:59:25+00:00 Rosana Morgado rmorgadopaiva@hotmail.com Luana Carneiro luanaa_bm.carneiro@hotmail.com Jessica Almeida jessicapires7@gmail.com <p>Os dados sobre violência doméstica contra mulheres, adolescentes e meninas são gravíssimos. Este artigo analisa dados relacionados ao feminicídio, oriundos de três bases distintas: o Atlas da Violência, o Ligue 180 e o Dossiê Mulher. Tem-se por objetivo, realçar múltiplas dimensões do feminicídio, problematizar a invisibilidade da continuidade da violência após a separação e contribuir para a estruturação de políticas públicas. Entende-se que a violência doméstica constitui uma das expressões da violência de gênero, que deve ser ponderada em suas dimensões de classe, gênero e raça/etnia. Identificou-se a necessidade de qualificação dos dados, desagregados por vínculo com as vítimas, a baixa integração entre os sistemas existentes e a ausência de compreensão de que a separação não encerra a violência.</p> 2024-04-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/53244 “MESMO MAIS QUALIFICADA SOU QUESTIONADA ENQUANTO LÍDER”: UMA ANÁLISE QUALI-QUANTI DOS DESAFIOS DAS MULHERES LÍDERES 2024-01-25T17:47:55+00:00 Pricila Scalioni Moreira pricilascalionitp@gmail.com Ana Ligia Abreu Bot analigiaab@outlook.com Julia Caciano da Silva juliacaciano@gmail.com Michelle Morelo Pereira michelle.pereira@uemg.br <p>Essa pesquisa teve como objetivo investigar os desafios enfrentados pelas mulheres em posição de liderança através dos construtos de: autoeficácia no trabalho, paixão no trabalho e barreiras e facilitadores da liderança feminina. Para tanto, os dados foram analisados em um formato quali-quanti. Na etapa quantitativa, foi aplicado um questionário para avaliar os construtos supracitados. Na etapa qualitativa, uma parcela da amostra foi submetida a uma entrevista semiestruturada. Participaram da pesquisa 167 pessoas, sendo: 2,6% (<em>n</em>=5) homens líderes, 40,3% (<em>n</em>=77) mulheres líderes e 44,5% (<em>n</em>= 85) mulheres não líderes.&nbsp; A média de idade foi de 33,5 anos (<em>DP</em>=11,7). A maioria dos participantes residiam nos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, somando um percentual de 85,7%. Espera-se que a pesquisa contribua com as reflexões sobre os desafios presentes para as mulheres que desempenham posições de liderança.</p> 2024-04-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/55854 MODA, IDENTIDADE E COMPORTAMENTO: CONSUMO DE MODA DE MULHERES DAS GERAÇÕES X E Y 2024-04-18T02:20:03+00:00 Mariana Antunes Paim marianaatunespaim@gmail.com Simone Carvalho da Rosa simoneccr@feevale.br Mauricio Barth mauricio@feevale.br <p>Este trabalho objetiva analisar como se dá o consumo de produtos da moda por mulheres das gerações X e Y na construção da sua imagem e identidade feminina dentro da sociedade. Para atingir esse objetivo, foram adotados como procedimentos técnicos a Pesquisa Bibliográfica e a Pesquisa de Campo, por meio de entrevistas com sete mulheres: três (03) da geração X e quatro (04) da geração Y. A partir da pesquisa, foi possível constatar que as mulheres das gerações X e Y consomem produtos de moda a fim de externar suas personalidades e transmitir suas ideias, mas estas ainda dependem de diversos fatores que compõem a realidade em que cada uma vive a partir de suas condições socioeconômicas. Outro aspecto que foi possível constatar junto às entrevistadas foi que as pertencentes à geração X são mais influenciadas pelas mídias tradicionais sobre o consumo de moda, enquanto a geração Y é influenciada pelas mídias digitais e pela urgência que estes conteúdos provocam em acompanhar o novo.</p> 2024-04-27T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57514 MOVIMENTOS SOCIAIS, PROTAGONISMO DE MULHERES E A LUTA CONTRA A FOME NA PANDEMIA DE COVID-19 2023-11-03T19:16:39+00:00 Camila Daltro Ferreira daltro.mila@gmail.com Alline Jesus Pimentel pimentelalline@gmail.com Luire Leão Campelo Brito Alves luirecampelo@gmail.com Cecilia M. B. Sardenberg ceciliasard@gmail.com <p>Este trabalho trata dos ativismos em torno das lutas por transferência de renda e de combate à fome na pandemia da Covid-19 no Brasil, entre 2020 e 2021. Investigamos as estratégias utilizadas por ativistas para a conquista da renda emergencial e para o funcionamento de brigadas de solidariedade de combate à fome. Analisamos a ação dos movimentos sociais, em especial na campanha “Renda Básica que Queremos”. Para nossa análise, realizamos entrevistas e examinamos documentos dos movimentos sociais e de institutos de pesquisa governamental. A nossa hipótese é que o contexto político autoritário do governo Bolsonaro, assim como a profunda crise econômica e social do país, impulsionou movimentos sociais de origens e tradições diversificadas a se unirem em torno do combate à profunda injustiça social no Brasil. Como resultado, observamos que as lutas por transferência de renda e combate à fome na pandemia da Covid-19 no Brasil articularam um afrontamento significativo ao autoritário governo Bolsonaro.</p> 2024-04-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57159 ESBOÇOS METODOLÓGICOS A PARTIR DO FEMINISMO DECOLONIAL 2024-04-05T19:45:10+00:00 Katia Alexsandra dos Santos kalexsandra@unicentro.br Ana Claudia Silva Abreu anaclaudia.silva@gmail.com <p><span style="font-weight: 400;">Este texto propõe pensar instrumentos metodológicos a partir do feminismo decolonial, procurando estabelecer aproximações e diferenças em relação às pesquisas feministas hegemônicas. Para isso, apresentaremos brevemente no que consiste a decolonialidade e como podem ser pensados instrumentos que dialoguem com um modo de produzir conhecimento para além do modelo de ciência eurocentrado. Ao final, são identificadas algumas características que constituem as pesquisas feministas decoloniais: a quebra das dicotomias impostas pela colonialidade do saber; a experiência e escrita de si como método; a não separação entre produção do conhecimento e ação/militância e a emergência de um corpo-pesquisadora encarnado, que se afeta e se cura por meio da pesquisa.</span></p> 2024-04-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/62087 APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ MULHERES E MÚSICAS: DE CANTOS E ENCANTOS 2024-06-26T02:53:01+00:00 Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti vanessa.cavalcanti@uol.com.br <p>O dossiê tem como finalidade descrever, analisar e divulgar estudos, obras,<br>comunidades musicais e expressões de meninas e mulheres que ocuparam/ocupam o<br>campo da produção e educação musical como instrumento de experiências individuais e<br>coletivas, refletindo contextos, além de assinalar as múltiplas territorialidades.<br>Destacar produções, intervenções e performances de e para mulheres, criando<br>interfaces relações de gêneros, sexualidades, classe, raça/etnia, intergeracionalidade,<br>territórios e religiões e ações culturais e históricas foi objetivo desse dossiê.</p> 2024-06-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/54229 INVISIBILIDADE FEMININA NA MÚSICA ERUDITA JOSEPHINE AMANN-WEINLICH E A NOVA ORQUESTRA DE SENHORAS VIENENSE 2023-06-25T00:58:53+00:00 Catarina Sousa cdsas1@iscte-iul.pt João Manuel de Oliveira jmco@iscte-iul.pt <p>A participação feminina na música erudita tornou-se especialmente significativa no século XIX, em consequência de várias mudanças socioculturais que o caracterizaram. Apesar de frequentemente esquecida, Josephine Amann-Weinlich foi uma das maestras que mais se destacou nesta época, tendo sido pioneira na criação de uma orquestra exclusivamente feminina, intitulada <em>Neues Wiener Damen-Orchester</em>. O presente artigo explora o percurso profissional de Amann-Weinlich e das suas instrumentistas, reunindo informação sobre os seus sucessos, os problemas de género que enfrentaram e a influência que tiveram sobre outras mulheres, e termina com uma análise interseccional das nuances socioculturas subjacentes aos seus contextos.</p> 2024-06-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/44258 POR UMA NARRATIVA FEMININA NA HISTÓRIA DO ROCK 2024-04-28T17:37:24+00:00 Patrícia Matos de Almeida patricia.matos.almeida@gmail.com <p class="Normal1">Este texto tem como objetivo evidenciar as trajetórias de algumas artistas que foram importantes para o nascimento e constituição do gênero musical rock, em níveis internacional e nacional. O nosso problema partiu da inquietação acerca das narrativas que contam a história desta musicalidade que, quase sempre, evidenciaram apenas as contribuições masculinas. Muitas trajetórias femininas, especialmente de artistas negras, foram silenciadas e acreditamos que esta questão precisa ser debatida. Desta forma, este texto deseja provocar uma disputa de narrativa acerca da história do <em>rock and roll </em>para que as artistas femininas tenham suas contribuições reconhecidas. E que isto se expanda para além da música, mas para tudo o que envolve a sociedade cujas simetrias de gênero se encontram presentes.</p><p class="Normal1"> </p><p class="Normal1"><strong>Palavras chaves:</strong> rock; história; narrativas; artistas femininas.</p> 2024-06-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/44165 MULHERES COMPOSITORAS NA DITADURA MILITAR BRASILEIRA 2023-06-25T01:10:19+00:00 Renato Kendy Hidaka rkhidaka@yahoo.com.br Kamilly Victória Pedi Fontanetti kamillyfontanettivictoria@gmail.com <p>O objetivo deste trabalho é discutir e identificar a presença das mulheres no campo da composição musical popular brasileira durante o período da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985). Mais especificamente, procura-se evidenciar quais foram as principais compositoras, pertencentes aos circuitos socioculturais ocupados pela MPB, que surgiram nesse contexto histórico. Pretende-se responder às seguintes perguntas: há mulheres produzindo no campo da composição musical da MPB no período? Se sim, quem são essas mulheres e quais foram as suas principais contribuições? Quais os temas recorrentes em suas canções? Este trabalho está fundamentado em pesquisa documental e bibliográfica, fazendo uso da ampla produção científica disponível sobre o período ditatorial-militar brasileiro. Espera-se, com esta pesquisa, contribuir com o resgate de alguns dos nomes e manifestações artísticas de figuras femininas, continuamente ignoradas/apagadas da historiografia musical do país.</p> 2024-06-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2023 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/61038 O HIP HOP COMO ESTRATÉGIA DE ORGANIZAÇÃO DA RAIVA 2024-05-05T15:27:13+00:00 Tamillys Lirio da Silva tamillys.lirio@aluno.ufabc.edu.br Bruna Mendes bruna.mendes@ufabc.edu.br <p><span style="font-weight: 400;">Audre Lorde, mulher negra, professora, lésbica, mãe, poetisa nos anos 80 nos deixou lições, pensamentos e conceitos vanguardistas, dentre estes, sobre as estratégias para lidar com a raiva. Lorde sugere que as mulheres negras possam organizar suas raivas, sobretudo, para sobreviver. Inspiradas por essa provocação, neste artigo analisamos o movimento Hip Hop como uma das estratégias encontradas pela população negra que vive nas periferias dos grandes centros urbanos brasileiros para organizar suas raivas. Para tanto, apresentamos o pensamento de Lorde sobre a raiva e articulamos suas ideias com o contexto brasileiro, com as contribuições de Beatriz Nascimento e Marielle Franco, adentrando no mundo do Hip Hop por sua história e pelo olhar sobre as produções das rappers Nega Gizza e Dina Di, analisamos sua produção artística como via para a organização da raiva e sua sobrevivência, assim como de suas comunidades.&nbsp;</span></p> 2024-06-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/46149 ROL DE LA MUJER EN LA MÚSICA: REFLEXIONES EN TORNO A LA EQUIDAD DE GÉNERO 2024-04-28T17:40:36+00:00 Sandra Sánchez Cuervo clarinetista76@gmail.com <p>Este artículo pretende ofrecer una visualización global y algunas reflexiones en torno a lo que fue el desarrollo de la mesa de diálogo “Rol de la Mujer en la Música” en el marco del Encuentro de Mujeres Clar&amp;Sax que se llevó a cabo durante el mes de marzo del presente año, vía <em>on line</em>, gracias a la iniciativa de la Alianza Clar&amp;sax, agremiación Latinoamericana que congrega a mujeres clarinetistas y saxofonistas de México, Guatemala, Cuba, Costa Rica, Colombia, Brasil, Perú, Ecuador, Bolivia, Chile y Argentina. Este evento contó con varias mesas de diálogo que permitieron la discusión y reflexión de las invitadas frente a temas de docencia, interpretación, investigación y producción musical.</p> 2024-06-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/61224 APRENDE QUEM ENSINA” E “O CANTO É CORAL”: VOZES FEMININAS EM CONTEXTOS MUSICAIS E PANDÊMICOS 2024-05-05T11:25:18+00:00 Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti vanessa.cavalcanti@ufba.br Bruna Rocha da Silva Cunha brunahcor@hotmail.com <p>Tendo como marcadores as categorias juventudes, educação e direitos humanos, as duas últimas décadas foram de intensificação de agendas públicas para o cenário brasileiro e baiano. De caráter interdisciplinar e empírica, objetiva-se investigar o acesso aos Direitos Humanos de participantes jovens dos Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBA), em contextos familiares e sociais. Em abordagem qualitativa e multirreferencial, a fundamentação está atrelada às Epistemologias Feministas, sendo a metodologia elaborada e executada em etapas: observação espontânea; observação e aproximação participante; acompanhamento e coleta através de netnografias qualitativas, com base na formação educativa e "encontro com famílias" e, por último, entrevistas semiestruturadas individuais realizadas a partir de uma amostragem representativa de experiências múltiplas com dez integrantes (mães e jovens). Os resultados encontrados sugerem que participantes do programa identificam e reconhecem integração social e familiar, bem como acessibilidade às dimensões dos direitos humanos (com destaque à educação, à cidadania e à justiça social).</p> 2024-06-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/61352 QUATRO DÉCADAS EM CINCO - VOCÊ NÃO ESCOLHE A ARTE, ELA TE ENCONTRA 2024-05-13T11:53:43+00:00 Samantha de Araújo Carvalho samantha.carvalho@ufba.br <p>&nbsp;</p> <p><u>Resenha do Livro:</u>&nbsp;GOETZE, Paulo.&nbsp;<em>Daniela Mercury</em>: Trajetória, Produção e Inovação. Simões Filho: Devires, 2019.</p> 2024-06-26T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/59875 ENTREVISTAS COM ROBERTA FERNANDES E RODRIGO CERQUEIRA 2024-03-15T15:30:21+00:00 Ana Isabel Sani anasani@ufp.edu.pt Ana Cristina Santos ana.santos@ufp.edu.pt Vanessa Cavalcanti vanessa.cavalcanti@ufba.br <p><em>Roberta Fernandes</em> | Jornalista e diretora de cinema, Roberta tem seu trabalho diretamente ligado a temas sociais. Foi vencedora do Grande Prêmio Canal Brasil de Curtas 2018 com “Se Você contar”, um filme sobre abuso sexual infantil que participou de festivais no Brasil e no exterior. Dirigiu também para a televisão os documentários “Congo Santo” e “Acerca da Pele”. Em 2023, estreou no cinema seu primeiro longa-metragem, “Ato Final”, um documentário sobre o feminicídio.</p> <p><em>Rodrigo Cerqueira</em> | Jornalista, doutor em História e documentarista. Trabalhou como repórter do jornal “O Globo” entre 1999 e 2003, e como professor e pesquisador entre 2005 e 2017. Dirigiu as séries de TV “Relatos Ausentes” e “Sou Casaca”, exibidas no Canal Futura, e codirigiu os documentários “Congo Santo” e “Acerca da Pele”. Atuou como montador e produtor executivo em várias outras produções, incluindo o longa-metragem “Ato Final”.</p> <p><em>O Filme:</em> As personagens principais deste filme estão mortas, vítimas de seus parceiros. São quatro por dia no Brasil. Para contar suas histórias, três atrizes são desafiadas a experimentar, no palco, as emoções de mulheres que vivem intimamente o risco da morte. Enquanto isso, um grupo de sobreviventes de feminicídio luta para salvar outras mulheres presas em relacionamentos abusivos. Diferentes narrativas que se unem num grito, porque o silêncio também mata mulheres todos os dias. Lançado no Brasil em 16 de novembro de 2023.</p> 2024-04-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/55090 A SOLIDÃO DA MULHER IDOSA SOB A PERSPECTIVA DE SAMUEL BECKETT 2023-06-20T18:50:46+00:00 Maria Jade Pohl Sanches jade.pohl.sanches@gmail.com Fernando Russo Costa do Bomfim fernando_bomfim@live.com <p>Este artigo aborda o trabalho de uma atriz no contexto da peça radiofônica "Todos os que Caem" de Samuel Beckett. A personagem principal, Maddy Rooney, foi adaptada para um espetáculo de formatura do curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Nessa adaptação, explorou-se as experimentações de uma atriz feminista na sociedade contemporânea, trazendo à tona a questão da solidão vivenciada por mulheres idosas. Durante o processo de criação da personagem, a atriz se inspirou no estudo sobre a solidão na terceira idade, que afeta as atividades diárias e o bem-estar das mulheres idosas. O objetivo desse estudo foi examinar a solidão nesse estágio da vida, analisando sua relação com o sentimento de abandono, a falta de paciência e a melancolia, sob a perspectiva da encenação teatral. O propósito desse artigo é promover uma mudança de visão tanto para as mulheres idosas que enfrentam o isolamento, mostrando-lhes a possibilidade de rir de si mesmas e com elas mesmas, quanto para os jovens, incentivando um relacionamento intergeracional baseado na empatia com a protagonista da história.</p> 2024-04-23T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/57853 O QUE PODEMOS APRENDER COM UMA PANDEMIA? UMA REFLEXÃO FEMINISTA SOBRE O TRABALHO DE MULHERES/MÃES DURANTE UMA CRISE SANITÁRIA 2023-11-21T14:20:20+00:00 Maria Luiza Leal Pacheco malulp21@gmail.com Caroline Matos Romio carol.matosr@gmail.com Adriane Rubio Roso adriane.roso@ufsm.br <p>A pandemia da Covid-19 desalinhou as rotinas da população, exigindo ajustes nos hábitos de vida conforme as medidas de cuidado impostas pela crise sanitária. Isso impactou em especial as mulheres/ mães que precisaram administrar a maternagem, juntamente com outras demandas de trabalho. Buscou- se refletir, através de um ensaio pautado em uma perspectiva feminista e <em>insights </em>de autoras da psicanálise contemporânea, como o trabalho das mulheres/mães foi desempenhado diante dessa emergência em saúde global. Pretendemos mostrar a relevância do cuidado como atividade coletiva compartilhada. Observamos que esse cenário tornou os impasses maternos mais preponderantes e a alternativa pode ter sido investir em redes coletivas de significados, mesmo virtuais, para que essas mulheres/mães não fossem silenciadas e pudessem sentir-se amparadas para administrar a maternidade e suas atividades profissionais, reduzindo o desgaste emocional.</p> <p><strong>Palavras-Chaves: Covid-19; maternidade; teoria feminista; psicanálise.</strong></p> <p>&nbsp;</p> 2024-04-29T00:00:00+00:00 Copyright (c) 2024 Revista Feminismos