Revista Feminismos: Notícias https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos <p>A Revista Feminismos tem como objetivo divulgar estudos interdisciplinares sobre mulheres, gênero e feminismos, sob a forma de artigos, traduções, ensaios, resenhas, entrevistas, dossiês temáticos e outras manifestações intelectuais que contribuam para o debate científico e para a produção de conhecimento na área, constituindo-se um canal de interlocução com as demandas e ações do feminismo nacional e internacional. <br />Área do conhecimento: - Multidisciplinar <br />ISSN (online): 2317-2932 - Periodicidade: Semestral</p> pt-BR NOVO PRAZO DO DOSSIÊ - "MULHERES E LUTAS POLÍTICAS NA AMÉRICA LATINA" - 15 DE JULHO/2024 https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/776 <p>Comunicamos que o prazo para o envio de artigos para o Dossiê "Mulheres e lutas políticas na América Latina: perspectivas materialistas" foi adiado para 15 de Julho/2024, com a publicação do referido dossiê na edição do Volume 12, No.2. da Revista Feminismos.</p> Revista Feminismos 2024-04-17 CHAMADA DE TRABALHOS PARA DOSSIÊ - Mulheres e lutas políticas na América Latina: perspectivas materialistas (revisado) https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/771 <p>CHAMADA DE TRABALHOS PARA DOSSIÊ&nbsp; -&nbsp; Mulheres e lutas políticas na América Latina: perspectivas materialistas -Orgs. Rafaela Cyrino, Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) , Patrícia Vieira Trópia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Luisina Bolla, Universidad Nacional de La Plata, CONICET - Data de Fechamento em 15/maio/24; Publicação 30 jun/24.&nbsp;</p> <p>Este Dossiê tem por objetivo publicar pesquisas, preferencialmente oriundas de trabalhos empíricos, que examinem a atuação das mulheres latino-americanas nas lutas políticas, a partir de abordagens materialistas. Visa à publicação de artigos que nos permitam acessar os diversos espaços concretos de participação política na América Latina, onde o aumento da presença das mulheres encontra alguma forma de resistência.<br>Partimos de uma concepção ampliada de política, que inclui tanto a representação partidária e sindical quanto a participação das mulheres em movimentos sociais e associações populares, cujos protestos são expressão das lutas feministas.<br>No Brasil, o interesse acadêmico pelo tema “mulheres e política” vem se ampliando ao longo do tempo. A IV Conferência Mundial sobre a Mulher (1995) ocorrida em Beijing, na China, certamente impulsionou novos estudos acadêmicos sobre o tema. Em 2001, publica-se, na Revista Estudos Feministas, o Dossiê “Mulheres na Política, mulheres no Poder”, sob coordenação de Miriam Grossi e Sônia Malheiros Miguel. Há que se referenciar, também, no campo da teoria política feminista os estudos de Marlise Matos e Flávia Biroli sobre mulheres, representação política e violência.<br>Embora tenha se ampliado o interesse acadêmico pela atuação das mulheres nos partidos, nos processos eleitorais, nos poderes (judiciário, legislativo e executivo) e nos movimentos sociais, ainda existe uma carência de estudos que desenvolvam abordagens notadamente materialistas. É neste sentido que este Dossiê tem por objetivo publicar estudos que busquem analisar, a partir das relações sociais (de produção e reprodução), a atuação das mulheres na esfera política.<br>Esperamos receber artigos que, partindo da categoria da totalidade, analisem, de uma perspectiva estrutural, as dimensões materiais e ideológicas dos processos de dominação, exploração e apropriação envolvendo o sujeito político “mulheres”. A análise estrutural considera como as lutas políticas das “mulheres” se inserem historicamente nos sistemas capitalista, patriarcal e racista, que ora as unem ora dividem-nas.<br>Considerar tais processos estruturais significam levar em conta tanto a base material quanto a ideológica que configuram o processo de expulsão das mulheres do mundo político. Colette Guillaumin (2014) cunhou o conceito de “ideologia da natureza”, o qual pode ser útil para explicar as formas de ocultamento da militância política delas, sobretudo nos processos revolucionários. Segundo Guillaumin, a imputação de uma natureza específica às mulheres, uma natureza fundamental, imóvel, permanente, não transcendente, faz parte do processo de dominação, pois elege os Homens como o único referente para se pensar a sociedade humana, a consciência e a conduta política. Nestes termos, toda iniciativa política por parte dos apropriados tende a ser duramente rejeitada ou reprimida.<br>Como a contradição faz parte da realidade social dos diversos sistemas de opressão, são bem-vindas análises que permitam compreender como as opressões de sexo, classe e raça se entrelaçam não só nas diversas arenas da luta política, mas no interior de cada movimento social.<br>Com esse propósito, são bem-vindas análises materialistas teoricamente informadas por distintas correntes feministas, como o feminismo materialista, o feminismo marxista, o feminismo negro, o feminismo decolonial, entre outras; excetua-se o feminismo liberal, que se revela incompatível com a proposta desse Dossiê.<br>Levando-se em conta que o sujeito político “mulheres” não é homogêneo, pois atravessado por múltiplas opressões, torna-se fundamental que as análises sejam amparadas pela categoria da consubstancialidade (Kergoat, 2010). Como as relações sociais de sexo (incluindo a sexualidade), raça e classe encontram-se imbricadas na realidade social é importante considerar como as diferentes opressões que incidem sobre o sujeito político “mulheres” constituem uma síntese contraditória e exigem, para o seu enfrentamento, uma conjunção das lutas sociais. Para pensar a dinâmica do imbricamento entre os diversos sistemas de opressão na realidade social, autoras como Heleieth Saffiotti, Daniele Kergoat e Jules Falquet recorreram a metáforas “do nó frouxo” (Saffiotti, 2004), “do círculo e da “espiral” (Kergoat, 2010) e “dos vasos comunicantes” (Falquet, 2019).<br>Cabe ainda destacar a importante contribuição do grupo Combahee River Collective na teorização da simultaneidade das opressões de sexo, raça e classe, incluindo a sexualidade. O conceito de “interlocking systems of oppression” (COMBAHEE River Collective, 1997), formulado pelo coletivo, visa justamente ajudar a pensar em uma luta simultânea contra todas as opressões. Em Imbrication: femmes, race et classe dans les mouvements sociaux, Falquet (2021), partindo de uma abordagem materialista, analisa as lutas sociais no continente Abya Yala, contra as injustiças oriundas dos múltiplos e imbricados sistemas de opressão.<br>No Brasil, os trabalhos sobre a militância política das mulheres em ações de cunho revolucionário concentram-se sobretudo no período da ditadura militar instaurada pelo golpe de 1964. O projeto “Memórias do exílio”, que procurou dar voz aos militantes políticos exilados (homens e mulheres), serve como testemunho da militância feminina contra o regime militar. Esse projeto deu origem à uma primeira publicação, em 1976, de uma obra coletiva intitulada “Brasil 1964/19??- Memórias do exílio, de muitos caminhos”. Apesar do testemunho de mulheres exiladas nesse primeiro volume, foi publicado um segundo volume, em 1980, dedicado apenas às mulheres exiladas (tanto as perseguidas, as punidas, as presas, as torturadas quanto as que sofreram perseguições indiretas). Essa obra coletiva, denominada “Memória das mulheres do exílio (volume II), sob coordenação de autoras como Albertina Costa de Oliveira, foi uma iniciativa do Grupo de Mulheres Brasileiras de Lisboa, reunidas em função da situação de exílio. Elas justificam a publicação de um volume dedicado exclusivamente às mulheres posto que estas nunca foram reconhecidas pela historiografia, sendo necessário, portanto, recuperar a sua História.<br>Outros estudos testemunharam a oposição política das mulheres à ditadura. A pesquisa de Marcelo Ridenti (1990) tem como centralidade a militância política das mulheres, nos anos 60 e 70, em organizações clandestinas e em grupos guerrilheiros de combate à ditadura militar. E Maria Amelia Teles (1993) em “Breve história do feminismo ” dedica uma seção do livro à participação das mulheres na luta armada.<br>Acompanhando o movimento dialético das lutas políticas das mulheres nas sociedades latino-americanas, os estudos pós-coloniais/decoloniais trazem novas perspectivas de análise. As lutas políticas das mulheres são inseridas em realidades sociais mais complexas. Para além dos limites territoriais, vislumbram-se novas alianças e resistências no combate às categorias coloniais e neocoloniais que sustentam as relações hierárquicas Norte-Sul.<br>Referência nesse debate é a realização, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do “I Colóquio Internacional Gênero, feminismos e ditadura no Cone Sul”, em 2009, com o objetivo de formar uma rede de pesquisadores a fim de recuperar a história sobre gênero, feminismos e ditadura no Cone Sul. Este I Colóquio, organizado por Joana Maria Pedro e Cristina Wolff, reuniu pesquisadoras do Brasil, Paraguai, Chile, Uruguai, México, Argentina e Bolívia, dando origem à publicação do livro “Resistências, gênero e feminismos contra as Ditaduras do Cone Sul”, em 2011. Uma segunda edição deste Colóquio foi realizada em 2014, também na UFSC, indicando a consolidação dos estudos pós-coloniais e o interesse por abordagens que dessem conta de pensar a unidade das lutas feministas de natureza anticolonial. Retratando, ainda, a experiência de mulheres brasileiras exiladas na ditadura militar no Brasil, Maira Abreu publica, em 2014, “Feminismo no exílio: o círculo de mulheres brasileiras em Paris e o grupo latino-americano de mulheres em Paris”. Essa obra, que tem como foco as mulheres militantes brasileiras exiladas em Paris nos anos 70, apresenta as principais questões discutidas pelos coletivos, suscitadas pelo contato com os movimentos feministas europeus e com as tensões com as organizações de esquerda.<br>Com a ascensão da extrema direita ao poder no Brasil, em 2019, renovou-se o interesse pela militância das mulheres com a publicação, em 2022, da obra “Guerrilheiras: memórias da ditadura e militância feminina” de Juliana Marques do Nascimento. A autora resgata a participação feminina nas guerrilhas, a partir da militância de duas figuras representativas da luta feminina contra o regime: Iara Iavellberg e Dilma Rousseff, deposta do poder no golpe de 2016.<br>Além de levar em conta os pontos de convergência que nos permitem pensar nas lutas políticas das mulheres da América Latina, há que se atentar, também, para as especificidades históricas que singularizam cada luta política, de acordo com o lugar e o contexto histórico. Autoras como Maria Lugones, Jules Falquet, Ochy Curiel e Lélia Gonzalez são algumas das referências nessa empreitada.<br>No Brasil, destaca-se, ainda, a contribuição de Maria Amélia de Almeida Teles (1993) para a construção de uma história decolonial, complexa e repleta de contradições das lutas políticas das mulheres. Trata-se de uma história que inclui a luta por creches e pela redução do custo de vida, a luta das mulheres da periferia, das trabalhadoras rurais, a participação das mulheres na luta armada e nos sindicatos. Elizabeth Sousa-Lobo (1991) analisa, em “A classe operária tem dois sexos”, a baixa participação das mulheres nos sindicatos industriais dos anos de 1970 e 1980. Vale destacar, ainda, a contribuição de Renata Gonçalves (2008) para uma análise dialética da participação das mulheres nos diferentes espaços de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST): acampamento, ocupação e assentamento.<br>Embora existam testemunhos das lutas sociais das mulheres indígenas e da criação de associações envolvidas nessas lutas, como a Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN) criada nos anos 80 e a União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), criada em 2009, são poucos os estudos sobre o sujeito político “mulheres indígenas”. Na América Latina Ochy Curiel (2007) tem dado visibilidade às lutas das mulheres indígenas na Bolívia e no México e destacado as suas posições pós-coloniais críticas e radicais, na luta contra as relações patriarcais, racistas e sexistas na sociedade latino-americana.</p> Revista Feminismos 2024-04-06 CHAMADA DE TRABALHOS PARA DOSSIÊ - Mulheres e lutas políticas na América Latina: perspectivas materialistas https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/766 <p>CHAMADA DE TRABALHOS PARA DOSSIÊ&nbsp; -&nbsp; Mulheres e lutas políticas na América Latina: perspectivas materialistas -Orgs. Rafaela Cyrino, Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) , Patrícia Vieira Trópia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Luisina Bolla, Universidad Nacional de La Plata, CONICET - Data de Fechamento em 15/maio/24; Publicação 30 jun/24.&nbsp;</p> <p>Este Dossiê tem por objetivo publicar pesquisas, preferencialmente oriundas de trabalhos empíricos, que examinem a atuação das mulheres latino-americanas nas lutas políticas, a partir de abordagens materialistas. Visa à publicação de artigos que nos permitam acessar os diversos espaços concretos de participação política na América Latina, onde o aumento da presença das mulheres encontra alguma forma de resistência.<br>Partimos de uma concepção ampliada de política, que inclui tanto a representação partidária e sindical quanto a participação das mulheres em movimentos sociais e associações populares, cujos protestos são expressão das lutas feministas.<br>No Brasil, o interesse acadêmico pelo tema “mulheres e política” vem se ampliando ao longo do tempo. A IV Conferência Mundial sobre a Mulher (1995) ocorrida em Beijing, na China, certamente impulsionou novos estudos acadêmicos sobre o tema. Em 2001, publica-se, na Revista Estudos Feministas, o Dossiê “Mulheres na Política, mulheres no Poder”, sob coordenação de Miriam Grossi e Sônia Malheiros Miguel. Há que se referenciar, também, no campo da teoria política feminista os estudos de Marlise Matos e Flávia Biroli sobre mulheres, representação política e violência.<br>Embora tenha se ampliado o interesse acadêmico pela atuação das mulheres nos partidos, nos processos eleitorais, nos poderes (judiciário, legislativo e executivo) e nos movimentos sociais, ainda existe uma carência de estudos que desenvolvam abordagens notadamente materialistas. É neste sentido que este Dossiê tem por objetivo publicar estudos que busquem analisar, a partir das relações sociais (de produção e reprodução), a atuação das mulheres na esfera política.<br>Esperamos receber artigos que, partindo da categoria da totalidade, analisem, de uma perspectiva estrutural, as dimensões materiais e ideológicas dos processos de dominação, exploração e apropriação envolvendo o sujeito político “mulheres”. A análise estrutural considera como as lutas políticas das “mulheres” se inserem historicamente nos sistemas capitalista, patriarcal e racista, que ora as unem ora dividem-nas.<br>Considerar tais processos estruturais significam levar em conta tanto a base material quanto a ideológica que configuram o processo de expulsão das mulheres do mundo político. Colette Guillaumin (2014) cunhou o conceito de “ideologia da natureza”, o qual pode ser útil para explicar as formas de ocultamento da militância política delas, sobretudo nos processos revolucionários. Segundo Guillaumin, a imputação de uma natureza específica às mulheres, uma natureza fundamental, imóvel, permanente, não transcendente, faz parte do processo de dominação, pois elege os Homens como o único referente para se pensar a sociedade humana, a consciência e a conduta política. Nestes termos, toda iniciativa política por parte dos apropriados tende a ser duramente rejeitada ou reprimida.<br>Como a contradição faz parte da realidade social dos diversos sistemas de opressão, são bem-vindas análises que permitam compreender como as opressões de sexo, classe e raça se entrelaçam não só nas diversas arenas da luta política, mas no interior de cada movimento social.<br>Com esse propósito, são bem-vindas análises materialistas teoricamente informadas por distintas correntes feministas, como o feminismo materialista, o feminismo marxista, o feminismo negro, o feminismo decolonial, entre outras; excetua-se o feminismo liberal, que se revela incompatível com a proposta desse Dossiê.<br>Levando-se em conta que o sujeito político “mulheres” não é homogêneo, pois atravessado por múltiplas opressões, torna-se fundamental que as análises sejam amparadas pela categoria da consubstancialidade (Kergoat, 2010). Como as relações sociais de sexo (incluindo a sexualidade), raça e classe encontram-se imbricadas na realidade social é importante considerar como as diferentes opressões que incidem sobre o sujeito político “mulheres” constituem uma síntese contraditória e exigem, para o seu enfrentamento, uma conjunção das lutas sociais. Para pensar a dinâmica do imbricamento entre os diversos sistemas de opressão na realidade social, autoras como Heleieth Saffiotti, Daniele Kergoat e Jules Falquet recorreram a metáforas “do nó frouxo” (Saffiotti, 2004), “do círculo e da “espiral” (Kergoat, 2010) e “dos vasos comunicantes” (Falquet, 2019).<br>Cabe ainda destacar a importante contribuição do grupo Combahee River Collective na teorização da simultaneidade das opressões de sexo, raça e classe, incluindo a sexualidade. O conceito de “interlocking systems of oppression” (COMBAHEE River Collective, 1997), formulado pelo coletivo, visa justamente ajudar a pensar em uma luta simultânea contra todas as opressões. Em Imbrication: femmes, race et classe dans les mouvements sociaux, Falquet (2021), partindo de uma abordagem materialista, analisa as lutas sociais no continente Abya Yala, contra as injustiças oriundas dos múltiplos e imbricados sistemas de opressão.<br>No Brasil, os trabalhos sobre a militância política das mulheres em ações de cunho revolucionário concentram-se sobretudo no período da ditadura militar instaurada pelo golpe de 1964. O projeto “Memórias do exílio”, que procurou dar voz aos militantes políticos exilados (homens e mulheres), serve como testemunho da militância feminina contra o regime militar. Esse projeto deu origem à uma primeira publicação, em 1976, de uma obra coletiva intitulada “Brasil 1964/19??- Memórias do exílio, de muitos caminhos”. Apesar do testemunho de mulheres exiladas nesse primeiro volume, foi publicado um segundo volume, em 1980, dedicado apenas às mulheres exiladas (tanto as perseguidas, as punidas, as presas, as torturadas quanto as que sofreram perseguições indiretas). Essa obra coletiva, denominada “Memória das mulheres do exílio (volume II), sob coordenação de autoras como Albertina Costa de Oliveira, foi uma iniciativa do Grupo de Mulheres Brasileiras de Lisboa, reunidas em função da situação de exílio. Elas justificam a publicação de um volume dedicado exclusivamente às mulheres posto que estas nunca foram reconhecidas pela historiografia, sendo necessário, portanto, recuperar a sua História.<br>Outros estudos testemunharam a oposição política das mulheres à ditadura. A pesquisa de Marcelo Ridenti (1990) tem como centralidade a militância política das mulheres, nos anos 60 e 70, em organizações clandestinas e em grupos guerrilheiros de combate à ditadura militar. E Maria Amelia Teles (1993) em “Breve história do feminismo ” dedica uma seção do livro à participação das mulheres na luta armada.<br>Acompanhando o movimento dialético das lutas políticas das mulheres nas sociedades latino-americanas, os estudos pós-coloniais/decoloniais trazem novas perspectivas de análise. As lutas políticas das mulheres são inseridas em realidades sociais mais complexas. Para além dos limites territoriais, vislumbram-se novas alianças e resistências no combate às categorias coloniais e neocoloniais que sustentam as relações hierárquicas Norte-Sul.<br>Referência nesse debate é a realização, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do “I Colóquio Internacional Gênero, feminismos e ditadura no Cone Sul”, em 2009, com o objetivo de formar uma rede de pesquisadores a fim de recuperar a história sobre gênero, feminismos e ditadura no Cone Sul. Este I Colóquio, organizado por Joana Maria Pedro e Cristina Wolff, reuniu pesquisadoras do Brasil, Paraguai, Chile, Uruguai, México, Argentina e Bolívia, dando origem à publicação do livro “Resistências, gênero e feminismos contra as Ditaduras do Cone Sul”, em 2011. Uma segunda edição deste Colóquio foi realizada em 2014, também na UFSC, indicando a consolidação dos estudos pós-coloniais e o interesse por abordagens que dessem conta de pensar a unidade das lutas feministas de natureza anticolonial. Retratando, ainda, a experiência de mulheres brasileiras exiladas na ditadura militar no Brasil, Maira Abreu publica, em 2014, “Feminismo no exílio: o círculo de mulheres brasileiras em Paris e o grupo latino-americano de mulheres em Paris”. Essa obra, que tem como foco as mulheres militantes brasileiras exiladas em Paris nos anos 70, apresenta as principais questões discutidas pelos coletivos, suscitadas pelo contato com os movimentos feministas europeus e com as tensões com as organizações de esquerda.<br>Com a ascensão da extrema direita ao poder no Brasil, em 2019, renovou-se o interesse pela militância das mulheres com a publicação, em 2022, da obra “Guerrilheiras: memórias da ditadura e militância feminina” de Juliana Marques do Nascimento. A autora resgata a participação feminina nas guerrilhas, a partir da militância de duas figuras representativas da luta feminina contra o regime: Iara Iavellberg e Dilma Rousseff, deposta do poder no golpe de 2016.<br>Além de levar em conta os pontos de convergência que nos permitem pensar nas lutas políticas das mulheres da América Latina, há que se atentar, também, para as especificidades históricas que singularizam cada luta política, de acordo com o lugar e o contexto histórico. Autoras como Maria Lugones, Jules Falquet, Ochy Curiel e Lélia Gonzalez são algumas das referências nessa empreitada.<br>No Brasil, destaca-se, ainda, a contribuição de Maria Amélia de Almeida Teles (1993) para a construção de uma história decolonial, complexa e repleta de contradições das lutas políticas das mulheres. Trata-se de uma história que inclui a luta por creches e pela redução do custo de vida, a luta das mulheres da periferia, das trabalhadoras rurais, a participação das mulheres na luta armada e nos sindicatos. Elizabeth Sousa-Lobo (1991) analisa, em “A classe operária tem dois sexos”, a baixa participação das mulheres nos sindicatos industriais dos anos de 1970 e 1980. Vale destacar, ainda, a contribuição de Renata Gonçalves (2008) para uma análise dialética da participação das mulheres nos diferentes espaços de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST): acampamento, ocupação e assentamento.<br>Embora existam testemunhos das lutas sociais das mulheres indígenas e da criação de associações envolvidas nessas lutas, como a Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro (AMARN) criada nos anos 80 e a União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB), criada em 2009, são poucos os estudos sobre o sujeito político “mulheres indígenas”. Na América Latina Ochy Curiel (2007) tem dado visibilidade às lutas das mulheres indígenas na Bolívia e no México e destacado as suas posições pós-coloniais críticas e radicais, na luta contra as relações patriarcais, racistas e sexistas na sociedade latino-americana.<br>Por fim, neste Dossiê consideramos promissoras as análises que articulem as dimensões da política e da sexualidade, rumo a uma “economia política do sexo”, nos termos propostos por Gayle Rubin (1993) e por Monique Wittig (2013). De fato, a construção social da sexualidade das mulheres, tal como teorizado por Kate Millett (1974), pode ajudar a explicar como estas foram concreta e ideologicamente afastadas do universo da política. Carole Pateman, em “O contrato</p> Revista Feminismos 2024-04-03 CHAMADA DE ARTIGOS PARA O DOSSIÊ "JUSTIÇA REPRODUTIVA: MATERNIDADES E VIOLÊNCIAS! https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/741 <p>CHAMADA DE ARTIGOS PARA O DOSSIÊ "JUSTIÇA REPRODUTIVA: MATERNIDADES E VIOLÊNCIASCHAMADA DE ARTIGOS PARA O DOSSIÊ "JUSTIÇA REPRODUTIVA: MATERNIDADES E VIOLÊNCIAS Organizadoras; Fabiane Simioni (FURG), Paula Pinhal de Carlos (UNILASALLE), Claudia Regina Nichnig (UFGD). A ser publicado no Volume 12, No. 1 (2024), Chamada inicial em 20 dezembro/23;&nbsp; Data&nbsp; de Fechamento em 20 março/24; Publicação 5 de maio /24.&nbsp;</p> <p>Trata-se de proposta de dossiê temático para a Revista Feminismos, periódico vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismos (PPGNEIM) da UFBA.&nbsp;</p> <p>Nossa proposta parte das experiências acadêmicas e ativistas das autoras no campo jurídico feminista. Todavia, serão aceitos trabalhos cujos referenciais teóricos e conceituais problematizem e expandam interdisciplinarmente os temas de interesse indicados nessa proposta.</p> <p>A justiça reprodutiva é um conceito originariamente formulado por ativistas e intelectuais de movimentos transnacionais negros e feministas. Trata-se, em poucas palavras, dos direitos de mulheres e pessoas feminizadas, sobretudo periféricas e racializadas, de ter ou não filhos e de criá-los com segurança. Para tanto, faz-se necessário um esforço epistemológico para ampliar criticamente a compreensão dos direitos sexuais e dos reprodutivos, para além de uma dimensão individual e privada.&nbsp;</p> <p>A justiça reprodutiva permite desvelar as diversas expressões de violências (materiais, simbólicas e institucionais) que atravessam as experiências das pessoas que gestam, das que maternam ou das que abortam.&nbsp;</p> <p>A proposta visa reunir artigos que discutam os desdobramentos sociojurídicos da justiça reprodutiva tanto na ordem normativa brasileira quanto internacional, em especial no sistema interamericano de proteção dos direitos humanos. É relevante olhar para os sistemas normativos nacional e internacional, na medida em que não estão imunes ao racismo estrutural quando conectados com um ideário de preservação da “pureza” de um determinado tipo ideal de nação e de maternidade/parentalidade.&nbsp;</p> <p>Os mecanismos de controle da reprodução e da vida familiar se prestam a manutenção de uma homogeneidade cultural e étnica (Anzaldúa 1987; Mohanty 2020). Desse modo, buscamos incentivar discussões que realizem uma abordagem interseccional sobre:&nbsp;</p> <ol> <li class="show">a) reconhecimento sociojurídico de novos arranjos familiares e conjugais, como coparentalidade, multiparentalidade e relações poliamorosas, entre outras;&nbsp;</li> <li class="show">b) incongruências em legislações e políticas públicas e a incorporação deficitária de marcadores sociais;&nbsp;</li> <li class="show">c) novos saberes e novas práticas para a superação de políticas discriminatórias (em especial, de raça, gênero e sexualidade) nos ordenamentos jurídicos nacional e internacional;&nbsp;</li> <li class="show">d) aplicação do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero, em matéria de justiça reprodutiva;&nbsp;</li> <li class="show">e) elucidação de políticas de proteção antirracista contra distintas formas de violências de gênero, em temas como mortalidade materna, violência obstétrica, entre outros relacionados à justiça reprodutiva.</li> </ol> Revista Feminismos 2023-12-20 RESULTADO DA SELEÇÃO DAS PROPOSTAS DE DOSSIÊS TEMÁTICOS (Revisado) https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/735 <p>Gostaríamos de agradecer a todas as pessoas que enviaram propostas de dossiês para as próximas edições de nossa Revista.&nbsp; Foram no total 12 propostas, todas muito boas e relevantes, das quais só pudemos escolher 6, tal qual dispostas no quadro abaixo,&nbsp; a serem publicadas nas edições de 2024 e no primeiro semestre de 2025.&nbsp; Entraremos em contato com os/as proponentes dos dossiês selecionados para planejarmos o lançamento das chamadas.&nbsp;</p> <p><strong>LISTA DOS DOSSIÊS SELECIONADOS -REVISTA FEMINISMOS – 2024/2025</strong></p> <p><strong>Justiça Reprodutiva: maternidades e violência</strong> - Organizadoras; Fabiane Simioni (FURG), Paula Pinhal de Carlos (UNILASALLE), Claudia Regina Nichnig (UFGD). A ser publicado no Volume 12, No. 1 (2024), Chamada inicial em 01 dezembro/23;&nbsp; Data&nbsp; de Fechamento em 01 março/24; Publicação 30 abril/24.</p> <p><strong>Mulheres e lutas políticas na Am. Latina -&nbsp;</strong>Organizadoras: Rafaela Cyrino (UFSJ), Patrícia Vieira Trópia (UFU), Luisina Bolla, Universidad Nacional de La Plata, CONICET. A ser publicado no Volume 12, No. 1 (2024), Chamada inicial em 01 Fevereiro/24; Data de Fechamento em 01 abril/24; Publicação 30 jun/24.&nbsp;</p> <p><strong>Gênero e Feminismos em comunidades tradicionais e racializadas.&nbsp;</strong>Organizadoras:&nbsp; Julia Abdala (UFRB), Patrícia C. Rosa (Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Elisa Urbano Ramos, mulher indigena do povo Pankararu doutoranda UFPE. A ser publicado no Volume 12, No. 2 (2024), Chamada inicial em 01 maio/24; Data de Fechamento em 01 julho/24; Publicação 30 set/24.&nbsp;</p> <p><strong>Gênero, Feminismos e Agroecologia.</strong> Organizadoras:&nbsp;Laeticia Jalis (UFRPe), Gloria Zuluaga (UNacional Colombia),&nbsp; Héloise Prèvost (Univ. Toulouse Jean Lauret), Ana Elisabeth Siqueira (NEIM/UFBA). A ser publicado no Volume 12, No. 2 (2024), Chamada inicial em 01 julho/24; Data de fechamento 01 outubro/24; Publicação em 31/dezembro/24.</p> <p><strong>Gênero, Violência e Democracia.&nbsp;</strong>Organizadores:&nbsp;Joyce Miranda Leão Martins (UFAL),Helena S. Castro (UNILA), Cristian Valdiveso (IARAS). A ser publicado no Volume 13, No. 1 (2025), Chamada inicial em 01 dezembro/24;&nbsp; Data&nbsp; de Fechamento em 01 março/25; Publicação 30 abril/25.</p> <p><strong>Gênero, Ciência, tecnologia e sociedade.&nbsp;</strong>Organizadores:&nbsp;Marina Nucci (IMS/UERJ), Marcos Castro Carvalho (UFRGS). A ser publicado no Volume 13, No. 1 (2024), Chamada inicial em 01 Fevereiro/25; Data de Fechamento em 01 abril/25; Publicação 30 jun/25.</p> <p>&nbsp;</p> Revista Feminismos 2023-11-15 30 de outubro de 2023 - NOVO PRAZO PARA ARTIGOS - DOSSIÊ II - OS FEMINISMOS NO BRASIL: REFLEXÔES TEÒRICAS E PERSPECTIVAS https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/731 <p>NOVO PRAZO - 30 de Outubro de 2023</p> <p>CHAMADA DE TRABALHOS PARA DOSSIÊ - 40 ANOS DO NEIM/UFBA<br>OS FEMINISMOS NO BRASIL: REFLEXÕES TEÓRICAS E PERSPECTIVAS<br>Organizadoras: Equipe Editorial da Revista&nbsp;<br>Em outubro de 1988, ao completar 5 anos de atividades, o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIM/UFBA realizou um seminário nacional reunindo mais de quarenta militantes e estudiosas dos feminismos no país, para “avaliar e discutir, mais a fundo, os avanços, os impasses e as novas metas” dos movimentos de mulheres e feministas no Brasil (COSTA; SARDENBERG 2003; 1989). Passados mais de 35 anos desde aquele evento, e no momento em que o NEIM comemora seus 40 anos de “Teoria e Práxis” feministas, convidamos a comunidade acadêmica e militantes dos movimentos feministas e de mulheres a retomarem tais questões, enviando-nos artigos, ensaios, entrevistas referentes aos feminismos no Brasil. No seminário original, discutimos questões relativas às: a) retrospectivas do movimento; b) as relações entre feminismos, estado e organizações formais; c) os feminismos e demais movimentos sociais; d) a construção das identidades feministas e e) as perspectivas do feminismo naquela época. Mas, por certo, novos olhares, novos desafios, novas temáticas tem surgido desde então: gostaríamos de contempla-as neste dossiê.<br>Prazo para o envio dos artigos: 30 de outubro de 2023.<br>Publicação do Dossiê: final de dezembro de 2023, na edição do Volume 11, No.2 da Revista&nbsp;Feminismos.</p> Revista Feminismos 2023-10-13 20 de outubro/23 - NOVO PRAZO PARA O ENVIO DE ARTIGOS DOSSIÊ 40 ANOS DO NEIM https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/727 <h1>NOVO PRAZO PARA ENVIO DE ARTIGOS PARA O DOSSIÊ "NEIM: 40 ANOS ARTICULANDO E VIVENDO TEORIA E PRÁXIS FEMINISTA"</h1> <div class="date">&nbsp;2023-10-20</div> <div class="description"> <p>Informamos que o prazo para o envio de trabalhos para o dossiê "NEIM: 40 ANOS ARTICULANDO E VIVENDO TEORIA E PRÁXIS FEMINISTAS" foi adiado para o dia 20 de outubro de 2023.</p> <p>A proposta deste dossiê consiste em reunir produções oriundas de estudos, relatos de experiências e entrevistas de&nbsp; pesquisadoras e demais pessoas interessadas em registrar as contribuições do NEIM - Núcleo de estudos interdisciplinares sobre a mulher, da Universidade Federal da Bahia, para os estudos de gênero, feminismos e de mulheres, em articulação com a militância acadêmica, nas ruas e em diversos espaços (incluindo os virtuais/nas mídias), ao longo dos seus 40 anos de existência.</p> <p>&nbsp;</p> <p>O NEIM foi fundado em 1983, em um contexto de luta pelo fim da ditadura militar e redemocratização do país, mobilizando militantes feministas a construírem ações em pesquisa, ensino e extensão na Universidade Federal da Bahia que trouxesse a marca dos movimento sociais neste cenário, em diálogo com a sociedade. Ao longo destes anos, o Núcleo ganhou espaço na Universidade e para fora dela, articulando e vivendo teoria e práxis feminista. Destacamos a gestão dos cursos inéditos no país de pós-graduação a nível de mestrado e doutorado, em 2006, o PPGNEIM&nbsp; - Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo, e em 2009, a criação do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade. Foram muitos cursos, também de Especialização, extensão e capacitação ofertados pelo NEIM, em diversos territórios da Bahia, além da articulação com movimentos sociais como o próprio movimento de mulheres, e o de mulheres rurais. O NEIM também participou ativamente de ações políticas em prol dos direitos das mulheres, em conferências locais e nacionais, na discussão de projetos de lei (como a “lei anti baixaria”), de criação de secretarias na Bahia, e em diversos projetos de pesquisa internacionais. Estes foram alguns dos feitos do Núcleo e a proposta é que o dossiê reúna relatos desta bela trajetória do NEIM, para que possamos contribuir para a construção de novos caminhos em prol da mudança de uma cultura patriarcal, racista, classista, LGBT+fóbica, capacitista, etarista, e fundada em tantas outras violências que ameaçam os direitos humanos.</p> <p>O dossiê será publicado na Revista FEMINISMOS, do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia. Os textos poderão ter formato de Artigos, Ensaios e Resenhas, além de textos literários, relatos de experiências manifestos e outras formas textuais mais experimentais. A revista publica também ensaios fotográficos que poderão ser acompanhados de textos ou não. A revista aceita texto em língua portuguesa, espanhola e inglesa.</p> <p><strong>Formatação dos textos de acordo com as normas da Revista Feminismos</strong></p> <p>Para o dossiê temático, os textos devem apresentar de 15 a 25 laudas, até 50 mil caracteres.</p> <p>Recomenda-se a utilização de processadores compatíveis com Windows, no formato de página padrão A4, margens das páginas 3x3x2x2 (respectivamente, margens superior/esquerda/inferior/direita) fonte Times New Roman 12, entrelinha 1,5;</p> <p>Os textos devem seguir as nomas da NBR 14724 (2011) para configuração de apresentação, no que diz respeito inclusive à sua organização lógica. Ademais, o título deve estar centralizado, em fonte Times New Roman 12, em letras maiúsculas. Para garantir o anonimato durante o processo de avaliação, a autoria não deverá aparecer no corpo do artigo. A Revista Feminismos aplica a dupla avaliação cega entre pares, o que significa que o nome das/os autoras/es e sua filiação institucional não são reveladas às/aos avaliadoras/es e as/os nomes e filiação institucional das/dos avaliadoras/es não são reveladas às/aos autoras/es.</p> <p>Todos os trabalhos devem vir acompanhados de resumo na língua em que for redigido, seguido de um resumo em língua estrangeira (inglês, espanhol e francês). Para os artigos escritos em uma língua estrangeira, eles devem apresentar um resumo na língua em que foi redigido, um resumo em português. O resumo deve apresentar, no máximo, 10 linhas, palavras-chave (máximo de 5), justificado, espaçamento simples e em fonte Times New Roman 11. Para maiores informações, sugere-se a consulta da NBR 6028, da ABNT, que versa sobre a constituição e elaboração de resumo.</p> <p>Ao enviar os textos, o(a) autor(a) também deverá enviar um arquivo contendo as seguintes informações: título do artigo, nome completo da/o autora/or, filiação institucional, titulação máxima, uma breve descrição biográfica (máximo: 5 linhas), endereço postal, Telefone/Fax, e-mail. Fonte Times New Roman 12 (essas informações, no texto publicado na revista, normalmente vêm em nota de rodapé atrelada ao nome do autor).</p> <p>Maiores informações sobre as normas de publicação em&nbsp;<a href="https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/about/submissions">https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/about/submissions</a></p> <p><strong>Prazo:</strong></p> <p><strong>&nbsp;</strong>O envio do texto deve ser feito até o dia 20 de outubro de 2023 pelo sistema da Revista Feminismos. O prazo de publicação será até 30 de novembro de 2023.</p> <p><strong>Propositoras</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p>Profa. Dra. Darlane Silva Vieira Andrade - Doutora em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo - PPGNEIM/UFBA, Professora no Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, nos cursos de Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, e no Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo. Pesquisadora do grupo de pesquisa CNPq GADNEIM - Gênero, alteridades e desigualdades, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher/UFBA. E-mail&nbsp;<a href="mailto:darlane.andrade@ufba.br">darlane.andrade@ufba.br</a></p> <p>&nbsp;</p> <p>Profa. Dra. Maise Caroline Zucco - Doutora em História pela Universidade Federal de Santa Catarina, Professora no Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, nos cursos de Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, e no Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo. Pesquisadora do grupo de pesquisa CNPq GADNEIM - Gênero, alteridades e desigualdades, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher/UFBA. E-mail&nbsp;<a href="mailto:maisecz@ufba.br">maisecz@ufba.br</a></p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>Profa. Dra. Márcia&nbsp; Macedo - Doutora em Sociologia pela Universidade Federal da Bahia, Professora no Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, no Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, e no Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo. Pesquisadora do grupo de pesquisa CNPq GADNEIM - Gênero, alteridades e desigualdades, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher/UFBA. E-mail&nbsp;<a href="mailto:msmacedo@ufba.br">msmacedo@ufba.br</a></p> </div> Revista Feminismos 2023-09-20 NOVO PRAZO PARA ENVIO DE ARTIGOS PARA O DOSSIÊ "NEIM: 40 ANOS ARTICULANDO E VIVENDO TEORIA E PRÁXIS FEMINISTA" https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/720 <p>Informamos que o prazo para o envio de trabalhos para o dossiê "NEIM: 40 ANOS ARTICULANDO E VIVENDO TEORIA E PRÁXIS FEMINISTAS" foi adiado para o dia 20 de setembro de 2023.</p> <p>A proposta deste dossiê consiste em reunir produções oriundas de estudos, relatos de experiências e entrevistas de&nbsp; pesquisadoras e demais pessoas interessadas em registrar as contribuições do NEIM - Núcleo de estudos interdisciplinares sobre a mulher, da Universidade Federal da Bahia, para os estudos de gênero, feminismos e de mulheres, em articulação com a militância acadêmica, nas ruas e em diversos espaços (incluindo os virtuais/nas mídias), ao longo dos seus 40 anos de existência.</p> <p>&nbsp;</p> <p>O NEIM foi fundado em 1983, em um contexto de luta pelo fim da ditadura militar e redemocratização do país, mobilizando militantes feministas a construírem ações em pesquisa, ensino e extensão na Universidade Federal da Bahia que trouxesse a marca dos movimento sociais neste cenário, em diálogo com a sociedade. Ao longo destes anos, o Núcleo ganhou espaço na Universidade e para fora dela, articulando e vivendo teoria e práxis feminista. Destacamos a gestão dos cursos inéditos no país de pós-graduação a nível de mestrado e doutorado, em 2006, o PPGNEIM&nbsp; - Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo, e em 2009, a criação do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade. Foram muitos cursos, também de Especialização, extensão e capacitação ofertados pelo NEIM, em diversos territórios da Bahia, além da articulação com movimentos sociais como o próprio movimento de mulheres, e o de mulheres rurais. O NEIM também participou ativamente de ações políticas em prol dos direitos das mulheres, em conferências locais e nacionais, na discussão de projetos de lei (como a “lei anti baixaria”), de criação de secretarias na Bahia, e em diversos projetos de pesquisa internacionais. Estes foram alguns dos feitos do Núcleo e a proposta é que o dossiê reúna relatos desta bela trajetória do NEIM, para que possamos contribuir para a construção de novos caminhos em prol da mudança de uma cultura patriarcal, racista, classista, LGBT+fóbica, capacitista, etarista, e fundada em tantas outras violências que ameaçam os direitos humanos.</p> <p>O dossiê será publicado na Revista FEMINISMOS, do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia. Os textos poderão ter formato de Artigos, Ensaios e Resenhas, além de textos literários, relatos de experiências manifestos e outras formas textuais mais experimentais. A revista publica também ensaios fotográficos que poderão ser acompanhados de textos ou não. A revista aceita texto em língua portuguesa, espanhola e inglesa.</p> <p><strong>Formatação dos textos de acordo com as normas da Revista Feminismos</strong></p> <p>Para o dossiê temático, os textos devem apresentar de 15 a 25 laudas, até 50 mil caracteres.</p> <p>Recomenda-se a utilização de processadores compatíveis com Windows, no formato de página padrão A4, margens das páginas 3x3x2x2 (respectivamente, margens superior/esquerda/inferior/direita) fonte Times New Roman 12, entrelinha 1,5;</p> <p>Os textos devem seguir as nomas da NBR 14724 (2011) para configuração de apresentação, no que diz respeito inclusive à sua organização lógica. Ademais, o título deve estar centralizado, em fonte Times New Roman 12, em letras maiúsculas. Para garantir o anonimato durante o processo de avaliação, a autoria não deverá aparecer no corpo do artigo. A Revista Feminismos aplica a dupla avaliação cega entre pares, o que significa que o nome das/os autoras/es e sua filiação institucional não são reveladas às/aos avaliadoras/es e as/os nomes e filiação institucional das/dos avaliadoras/es não são reveladas às/aos autoras/es.</p> <p>Todos os trabalhos devem vir acompanhados de resumo na língua em que for redigido, seguido de um resumo em língua estrangeira (inglês, espanhol e francês). Para os artigos escritos em uma língua estrangeira, eles devem apresentar um resumo na língua em que foi redigido, um resumo em português. O resumo deve apresentar, no máximo, 10 linhas, palavras-chave (máximo de 5), justificado, espaçamento simples e em fonte Times New Roman 11. Para maiores informações, sugere-se a consulta da NBR 6028, da ABNT, que versa sobre a constituição e elaboração de resumo.</p> <p>Ao enviar os textos, o(a) autor(a) também deverá enviar um arquivo contendo as seguintes informações: título do artigo, nome completo da/o autora/or, filiação institucional, titulação máxima, uma breve descrição biográfica (máximo: 5 linhas), endereço postal, Telefone/Fax, e-mail. Fonte Times New Roman 12 (essas informações, no texto publicado na revista, normalmente vêm em nota de rodapé atrelada ao nome do autor).</p> <p>Maiores informações sobre as normas de publicação em&nbsp;<a href="https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/about/submissions">https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/about/submissions</a></p> <p><strong>Prazo:</strong></p> <p><strong>&nbsp;</strong>O envio do texto deve ser feito até o dia 20 de agosto de 2023 pelo sistema da Revista Feminismos. O prazo de publicação será até 20 de novembro de 2023.</p> <p><strong>Propositoras</strong></p> <p>&nbsp;</p> <p>Profa. Dra. Darlane Silva Vieira Andrade - Doutora em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo - PPGNEIM/UFBA, Professora no Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, nos cursos de Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, e no Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo. Pesquisadora do grupo de pesquisa CNPq GADNEIM - Gênero, alteridades e desigualdades, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher/UFBA. E-mail&nbsp;<a href="mailto:darlane.andrade@ufba.br">darlane.andrade@ufba.br</a></p> <p>&nbsp;</p> <p>Profa. Dra. Maise Caroline Zucco - Doutora em História pela Universidade Federal de Santa Catarina, Professora no Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, nos cursos de Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, e no Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo. Pesquisadora do grupo de pesquisa CNPq GADNEIM - Gênero, alteridades e desigualdades, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher/UFBA. E-mail&nbsp;<a href="mailto:maisecz@ufba.br">maisecz@ufba.br</a></p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>Profa. Dra. Márcia&nbsp; Macedo - Doutora em Sociologia pela Universidade Federal da Bahia, Professora no Departamento de Estudos de Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia, no Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, e no Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo. Pesquisadora do grupo de pesquisa CNPq GADNEIM - Gênero, alteridades e desigualdades, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher/UFBA. E-mail&nbsp;<a href="mailto:msmacedo@ufba.br">msmacedo@ufba.br</a></p> Revista Feminismos 2023-08-20 MUDANÇA PARA O SISTEMA DE FLUXO CONTÌNUO https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/636 <p>Ao público leitor e autoras e autores da Revista Feminismos:</p> <p>Neste mês de outubro de 2022, iniciaremos o processo de mudança do nosso sistema de publicação quadrimestral para o sistema de publicação de fluxo contínuo. Trata-se de uma forma mais rápida de comunicação das pesquisas, uma vez que não implica na necessidade de espera pela configuração completa de um determinado volume para sua disponibilização no site da Revista. Os artigos e demais contribuições serão publicados tão logo sejam avaliados, aprovados e formatos nos moldes da Feminismos. Esse sistema favorece a todas e todos os atores envolvidos na pesquisa e na sua comunicação, consistindo na publicação individual definitiva dos artigos, que irão receber um número próprio, normalmente sequencial, que os localizará no número e volume da Revista.</p> <p>No caso da Feminismos, a mudança de sistema implicará também na mudança da periodicidade, de sorte que teremos apenas dois números por volume, seguindo assim a periodicidade semestral. Para tanto, estaremos publicado em breve a edição do Volume 10, Número 2, que corresponderá ao período de maio a dezembro de 2022. No próximo ano, ou seja, em 2023, a edição do Número 1 do Volume 11 correponderá ao período de janeiro a junho de 2023, e o Número 2, de julho a dezembro de 2023.</p> <p>Esse sistema de fluxo contínuo é atualmente o sistema recomendado pelos principais indexadores de periódicos, sendo que esta mudança que pretendemos processar permitirá nosso ingresso nesses respectivos indexadores.&nbsp;</p> <p>Nesta ocasião, aproveitamos para manifestar aqui nossa defesa das instituições democráticas e das universidades públicas, gratuitas e de qualidade!</p> <p>Equipe Editorial</p> <p>Revista Feminismos</p> <p>Salvador, Bahia, outubro, 2022</p> Revista Feminismos 2022-10-09 MUDANÇA PARA O SISTEMA DE FLUXO CONTÌNUO https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/announcement/view/635 Revista Feminismos 2022-10-09