Ecus Cadernos de Pesquisa

Resumo

Leonardo Vincenzo Boccia — 2019-06-18

Resumos dos artigos da edição

Os efeitos da televisão e de jogos de computador nas capacidades cognitivas de crianças

Christian Rittelmeyer — 2019-06-18

Nas últimas três décadas, vários autores têm enfatizado e demonstrado
empiricamente, que TV consumo intensivo e jogar videogame
pode levar entre outras coisas a uma deterioração das capacidades
cognitivas das crianças. O artigo dá uma visão geral de pesquisas
relevantes e suas interpretações, para descobrir quais os aspectos de
consumo de TV (incluindo jogos na tela) que estão causando uma
diminuição da capacidade cognitiva e social. O autor cita 5 hipóteses
que explicam estes efeitos.

O museu como “outro local”? Experiências educativas (Bildungserlebnisse), a experiência do tempo, mundos de conhecimento e mídias sociais

Anette Rein — 2019-06-18

Um evento especial no Dia Internacional dos Museus deste ano,
organizado pelo Conselho Internacional de Museus ICOM, foi o
primeiro Tweetup no qual participaram 22 museus da Alemanha.
O texto a seguir analisa as vantagens e desvantagens oferecidas pela
Mídia Social dos Museus em sua coleção e pedido de mediação
aplicada. Com base em estudos recentes que demonstram a carga
cognitiva do Multi-Tasking enquanto navega na World Wide Web, é
imperativo para os museus refletir sobre sua missão educativa e proporcionar uma educação apropriada oferecidas com o uso da Internet
em tempo hábil e através das gerações. A ênfase é posta pela necessidade de criar um museu de experiências educativas (Bildungserlebnisse) por meio das quais, eles próprios se distinguem como “outros lugares” ou (heterotopias no sentido de Michel Foucault).

Do clássico ao contemporâneo: uma análise sobre a educação e o mundo virtual

Ícaro Ferreira — 2019-06-18

O presente artigo tem por objetivo relatar e analisar aspectos históricos
da Educação, por meio de seus diversos conceitos e do novo contexto educacional, que envolve principalmente o ensino universitário e o mundo virtual. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e que, historicamente está dividida, em dois momentos: um com a transição das relações socioeconômicas e das concepções educacionais devido a evolução das tecnologias; e, outro momento, caracterizado pela análise das potencialidades que o mundo virtual proporciona à Educação. Este artigo revela uma significativa mudança na relação entre os sujeitos do saber, levando em consideração a construção baseada em princípios e métodos de inclusão e difusão do conhecimento, através do mundo virtual.

Crianças e adolescentes no convívio sócio – virtual

Alice Suzar — 2019-06-18

O presente artigo visa analisar o comportamento dos jovens inseridos
no contexto pós-moderno da Era Digital, os “nativos digitais”, observando suas atividades no que tange às relações interpessoais,
seja no ambiente familiar, acadêmico e no cada vez mais presente meio virtual. Tomando como base as reflexões propostas no documentário
“Nação Digital7”, de Douglas Rushkoff e Rachel Dretzin, serão questionadas as consequências do advento da Revolução Tecnológica na vida desses jovens, a exemplo das dificuldades em identificar as tênues fronteiras entre a realidade física e a virtual, bem como a questão da responsabilidade sobre o que se manifesta em rede. Por fim, serão vislumbradas as perspectivas no que se refere à educação dessa geração digital, levando em consideração a relevância dos novos dispositivos e mídias e as diversas possibilidades por eles oferecidas e tendo em vista o equilíbrio entre a vida no “mundo sensível” e no mundo virtual.

Mídia em crise: rumo à era pós-mídia

PEDRO DELLORTTO — 2019-06-18

Diante da potência de simulação dos meios de comunicação digital,
a crise conceitual da mídia ganha evidência, tornando ainda mais
problemática a convenção comercialmente estabelecida para este
termo. Pensadores como Félix Guattari e Lev Manovich anunciam
a entrada em uma era pós-mídia com a junção da informática, da
telemática e do audiovisual e ressaltam a espontânea hibridização
das distintas mídias diante de um suporte universal – o computador
metamídia. Neste sentido, Zielinsky aponta em direção à uma Variantologia da mídia, pois, em vez de procurarmos tendências
essenciais, devemos ser capazes de descobrir variações individuais
nas múltiplas formas de enunciação. Estes questionamentos reorganizam
fundamentos estruturantes da expressão humana, tornando
necessário uma analise minuciosa da linguagem do software em relação
à história das mídias, em busca de um melhor entendimento
sobre o conceito de mídia.

Viúva, porém honesta: farsa irresponsável em três atos e um diálogo crítico subjacente

Lidia Argolo — 2019-06-18

O presente artigo busca apresentar um momento do diálogo entre
Nelson Rodrigues e seus interlocutores críticos, considerando
a peça Viúva, porém honesta construída sob o traço farsesco que
permitiu ao autor a expressão de sentidos críticos direcionados a
diversos segmentos da sociedade.

Barack Obama: a internet e o espetáculo audiovisual em rede

José Rios — 2019-06-18

Campanhas eleitorais, sobretudo aquelas que são voltadas a cargos
majoritários, são construções estético-ideológicas com claros objetivos
persuasivos. Contudo, a retórica do vídeo não se concentra na
coerção e sim na emoção ou campo afetivo do eleitor. A fabricação
de um “mito” ou “herói” transcende o campo racional da audiência
sublimando-o através de conteúdos audiovisuais que funcionam
enquanto ambiente incentivador de sentidos e afetos. O processo
eleitoral americano em 2008 teve, em princípio, um candidato com
baixos níveis de aceitação popular e o mesmo terminou o pleito com
expressiva votação. Para isso, dentre diversas formas de comunicação
eleitoral, Barack Obama contou com produções de vídeos que transformaram sua trajetória em um espetáculo que misturava “verdades” e entretenimento em um vídeo tinha no centro do seu objetivo: mostrar que um país pode mudar e que estava nas mãos dos americanos esse destino. O presente artigo pretende discutir o espetáculo

Comparando cerimônias de abertura Olímpicas e seus impactos no legado estético da humanidade

Leonardo Boccia — 2019-06-18

Ao assistir cerimônias de abertura Olímpicas, desde que estas se tornaram megaespectáculos e então megaeventos da mídia internacional,torna-se evidente e audível que com as criações artísticasnesse segmento da cerimônia, os países sede dos jogos Olímpicos visam alcançar dimensões estéticas impressionantes. Entretanto, estádios Olímpicos não são anfiteatros antigos ou teatros onde atores podem fazer seu melhor espetáculo; eles são arenas gigantes nas quais as proporções acústicas e visuais precisam ser bem estudadas e calculadas, para que se atinja o impacto estético desejado. Comparando as cerimônias de abertura dos jogos Olímpicos de verão das últimas três décadas, é possível descrever questões relevantes dessas metamorfoses artístico-ideológicas e seus impactos no legado estético da humanidade. Este artigo fornece uma análise de conteúdo e comparações de partes do segmento artístico das cerimônias de abertura Olímpicas a partir de 1980 e esboça tendências estéticas principais e inovações nas representações ao vivo e nas transmissões internacionais.