Avaliação e intervenção em um caso de Esquizofrenia de Início Tardio: relato de caso

Autores

  • José Eduardo Martinelli Faculdade de Medicina de Jundiai
  • Juliana Francisca Cecato Faculdde de Medicina de Jundiai
  • José Maria Montiel Centro Universitário FIEO – UNIFIEO/SP
  • Daniel Bartholomeu Centro Universitário Salesiano - Unisal

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v12i2.8293

Palavras-chave:

Idoso, Psiquiatria, Transtornos Mentais, Esquizofrenia, Tratamento

Resumo

Introdução: O envelhecimento populacional é um processo em crescimento e com ele acompanha quadros como a esquizofrenia de início tardio. O objetivo desse estudo foi descrever um caso de esquizofrenia em uma paciente de 92 anos. Anamnese: Portadora de doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão arterial sistêmica, hipotiroidismo, depressão, osteoartrose e osteoporose. Filho relata alucinações visuais e auditivas. Quando questionada a paciente admite o problema e afirma que tem insight sobre as pessoas que vê. As alucinações auditivas são musicais. Formulação clínica: Não apresenta alterações cognitivas desde o início dos sintomas e evolui no período de 26 meses com as alucinações visuais, musicais e nos últimos 4 meses com alucinações sistematizadas. Tem CAMDEX, MEEM, QAFP, TDR, FV e EDG com intervalo de 2 anos mostrando não haver perda significativa na pontuação. Evolução: Asmúsicas são antigas e de seu conhecimento. Convive com os dois problemas e acha que a música vem de algum clube por perto. Há 4 meses surgiu alucinações sistematizadas em que surge a figura do “Paulo”, seu namorado. Foi tratada com Risperidona 1mg/noite, com boa melhora do quadro. Discussão: Esquizofrenia de início tardio evolui para demência? Paciente não tem perdas cognitivasprincipalmente de memória. Não apresenta alucinações persecutórias em nenhum momento. Pode-se dizer que pertence ao grupo com estabilização dos déficits neuropsicológicos. Consideramos o caso como de psicoses funcionais de início tardio, paranóides com presença de alucinações e consciência clara. Conclusão: Com o envelhecimento populacional a incidência de psicoses de iníciotardio é cada vez mais frequente, e corriqueira a necessidade de se reconhecer e tratar essas condições adequadamente. Várias razões faz pensar se a esquizofrenia de início tardio seria uma apresentação retardada da esquizofrenia ou uma entidade distante.

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Publicado

2013-11-08

Como Citar

Martinelli, J. E., Cecato, J. F., Montiel, J. M., & Bartholomeu, D. (2013). Avaliação e intervenção em um caso de Esquizofrenia de Início Tardio: relato de caso. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 12(2), 249–252. https://doi.org/10.9771/cmbio.v12i2.8293