Epidemiologia e características clínico-laboratoriais da meningite viral em Vitória da Conquista (Bahia, Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v24i3.69666Palavras-chave:
Meningite Viral, Perfil epidemiológico, Saúde pública, Vigilância epidemiológicaResumo
Introdução: a meningite viral é a forma mais comum e menos grave de meningite infecciosa. Apesar de, geralmente, apresentar
evolução benigna, constitui um desafio para a saúde pública, especialmente em contextos de vulnerabilidade sanitária. Objetivo:
descrever o perfil epidemiológico da meningite viral em Vitória da Conquista (Bahia, Brasil), no período de 2016 a 2023. Metodologia:
trata-se de um estudo transversal, de base populacional, com análise de dados secundários extraídos das fichas de notificação do
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde. Foram incluídos
todos os casos confirmados conforme critérios clínico-laboratoriais estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A análise foi realizada
nos softwares Jamovi (v2.4) e Microsoft Excel Starter (2016), utilizando-se estatística descritiva para o cálculo de frequência, média,
desvios padrão, incidência, mortalidade e letalidade. Resultados: no total, foram confirmados 181 casos, que representaram 36,0% de
todos os casos de meningite, com incidência média de 5,7 por 100 mil habitantes. Os anos de 2016 e 2017 concentraram os maiores
registros. A maioria dos casos ocorreu em indivíduos do sexo masculino (63,5%), pardos (82,0%) e residentes na zona urbana (74,4%).
A faixa etária mais acometida foi de zero a quatro anos, com incidência de 230,7 por 100 mil habitantes. Os sintomas mais comuns
foram febre, cefaleia e vômito. A maioria dos pacientes evoluiu para alta hospitalar (81,3%), e a letalidade observada foi de 5,6%. O
diagnóstico foi confirmado principalmente por exame quimiocitológico do líquor (97,2%). Conclusão: a meningite viral, em Vitória
da Conquista, embora geralmente autolimitada, afeta de forma mais intensa crianças pequenas e idosos, reforçando a necessidade
de vigilância epidemiológica e estratégias de intervenção voltadas para os grupos mais vulneráveis.
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