Níveis de proteína C reativa no soro e líquido cefaloraquidiano para o diagnóstico de meningite bacteriana neonatal

Autores

  • Elza Harumi Yonekura Hashimoto Universidade Estadual de Londrina
  • Jaqueline Dario Capobiango Hospital Universitário
  • Ana Berenice Ribeiro Carvalho Universidade Estadual de Londrina
  • Tiemi Matsuo Universidade Estadual de Londrina
  • Edna Maria Vissoci Reiche Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v12i1.6738

Palavras-chave:

recém-nascido, meningite, sepse, proteína C-reativa, líquido cefalorraquidiano

Resumo

Introdução: As alterações bioquímicas e celulares observadas no líquido cefaloraquidiano (LCR) no período neonatal exibem amplas variações, o que dificulta o diagnóstico de meningite bacteriana. Entre os marcadores laboratoriais de inflamação aguda, a proteína C reativa (PCR) pode ser utilizada no auxílio do diagnóstico de meningite. Objetivo: Determinar os níveis de PCR em amostras de soro e LCR de recém-nascidos (RNs) com diagnóstico de meningite neonatal. Metodologia: Foram avaliados 48 RNs com diagnóstico de meningite bacteriana e de 37 RNs com sepse tardia sem meningite associada atendidos na Unidade Neonatal do Hospital Universitário de Londrina, Paraná. A dosagem da PCR no soro foi realizada por imunoturbidimetria e no LCR por imunonefelometria ultra-sensível. Resultados: Os níveis de PCR entre os RNs com meningite bacteriana variaram de 0,4 a 170mg/L (média 35,1 ± 40,2 e mediana 22,5) no soro e de 0,0 a 10,8mg/L (média 1,1 ± 2,0 e mediana 0,5) no LCR. Em 27/38 (71,0%) pacientes com meningite bacteriana e em 14/29 (48,3%) com sepse tardia, houve elevação dos níveis de PCR no LCR

(p=0,0580). Porém, quando os valores de PCR no soro e no LCR foram categorizados (<3, 3-19, 20- 40 e >40mg/L para o soro e <0,175, 0,175- 4 e > 4 mg/L para o LCR), não houve diferença entre os dois grupos (p=0,1375 e p=0,1645, respectivamente). Conclusão: A elevação da PCR no LCR sugere a presença de meningite bacteriana; porém, a passagem da PCR sérica pela barreira hematoencefálica em RNs com meningite bacteriana e em RNs com sepse sem meningite limita a sua utilização como marcador laboratorial de diagnóstico de meningite neonatal.

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Biografia do Autor

Elza Harumi Yonekura Hashimoto, Universidade Estadual de Londrina

Pediatra Neonatologista e Plantonista da UTI Neonatal do Hospital Universitário de Londrina/PR.

Jaqueline Dario Capobiango, Hospital Universitário

Mestre em Medicina e Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Londrina/PR , docente do Setor de Doenças Transmissíveis do Hospital Universitário de Londrina

Ana Berenice Ribeiro Carvalho, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Londrina/ PR, docente do Setor de Neonatologia do Hospital Universitário de Londrina

Tiemi Matsuo, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)/ PR, docente do Departamento de Estatística da UEL.

Edna Maria Vissoci Reiche, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Londrina (UEL)/ PR, docente do Departamento de Patologia, Análises Clínicas e Toxicológicas da UEL

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Publicado

2013-08-21

Como Citar

Hashimoto, E. H. Y., Capobiango, J. D., Carvalho, A. B. R., Matsuo, T., & Reiche, E. M. V. (2013). Níveis de proteína C reativa no soro e líquido cefaloraquidiano para o diagnóstico de meningite bacteriana neonatal. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 12(1), 60–64. https://doi.org/10.9771/cmbio.v12i1.6738

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