Síndrome da Insensibilidade Androgênica: perfil clínico e epidemiológico de uma série de casos

Autores

  • Bianca Costa Mota Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Caio Rapôso Leão Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Luciana Mattos Barros Oliveira Universidade Federal da Bahia - UFBA
  • Maria Betânia Toralles Universidade Federal da Bahia - UFBA

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v11i2.6672

Palavras-chave:

46. XY DDS. Síndrome da Insensibilidade Androgênica. Receptor Androgênico.

Resumo

Introdução: Os Distúrbios do Desenvolvimento Sexual (DDS) resultam de uma interação anormal de fatores genéticos e hormonais implicados no desenvolvimento embrionário da determinação e diferenciação sexual. Os indivíduos com cariótipo 46, XY que apresentaram virilização deficiente da genitália externa são classificados como tendo um quadro sindrômico de Distúrbio do Desenvolvimento Sexual (46, XY DDS), incluindo entre esses a Síndrome da Insensibilidade Androgênica (AIS). Vários genes já foram reconhecidos por sua participação na formação das gônadas e genitálias (interna e externa) entre eles o gene do Receptor de Andrógenos (AR). Objetivo: Analisar os aspectos sócio-epidemiológicos e clínicos de indivíduos com diagnóstico sindrômico de 46, XY Distúrbio do Desenvolvimento Sexual (46,XY DDS) matriculados no Ambulatório de Genética (C-HUPES-UFBA). Metodologia: 13 pacientes com 46, XY DDS e suspeita diagnóstica de AIS, foram selecionados para se traçar o perfil clínico e epidemiológico. Resultados: Entre os pacientes estudados, 07 foram diagnosticados como PAIS e 06 como CAIS, tendo como o sexo de criação, respectivamente, o masculino e o feminino; a média de idade na primeira consulta foi de 06 anos. Cerca de 38% apresentavam história familiar positiva. O motivo de encaminhamento mais frequente foi hipospádia e genitália ambígua. A média do comprimento do falus foi de 2,77 cm. A localização mais comum das gônadas foi na bolsa escrotal. Apenas dois pacientes apresentaram mais de um orifício perineal. Dois pacientes fizeram tratamento medicamentoso e dez foram submetidos à cirurgia corretiva da genitália. Conclusão: Na população estudada o diagnóstico foi mais tardio, isso requer ações sócio-educativas nessa região para incentivar o rápido encaminhamento dos pacientes para diagnóstico e tratamento precoce.

 

Abstract

Introduction: Disorders of Sexual Development (DSD) result from an abnormal interaction of genetic and hormonal factors involved in determining embryonic development and sexual differentiation. Individuals with 46, XY karyotype who presented deficient virilization of the external genitalia are classified as having a syndrome of Sexual Development Disorder (46, XY DSD), including those between Androgen Insensitivity Syndrome (AIS). Several genes have been recognized for their participation in the formation of gonads and genitalia (internal and external) including the gene Androgen Receptor (AR). Objective: The aim of this study is to analyze the socio-epidemiological and clinical syndromic diagnosis of individuals with 46, XY disorders of sexual development (46, XY DSD) enrolled in the Genetics Clinic (C-HUPES-UFBA). Methods: we selected 13 patients with clinical diagnosis of AIS and traced the clinical and epidemiological profile. Results: Among the patients studied, 07 were diagnosed as CAIS and 06 as PAIS, and with the sex of rearing, respectively, the male and female and the average age at diagnosis was 06 years. About 38% had a positive family history. The most common reason for referral was hypospadias and ambiguous genitalia. The average length of falus was 2.77 cm. The most common location was the gonads in the scrotum. Only two patients had more than one hole perineal. Two patients received drug treatment and ten underwent corrective surgery of the genitalia. Conclusion:  In this study population were diagnosed later, this requires social and educational actions in the region to encourage the rapid referral of patients for early diagnosis and treatment.

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Publicado

2012-01-01

Como Citar

Mota, B. C., Leão, C. R., Oliveira, L. M. B., & Toralles, M. B. (2012). Síndrome da Insensibilidade Androgênica: perfil clínico e epidemiológico de uma série de casos. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 11(2), 129–133. https://doi.org/10.9771/cmbio.v11i2.6672

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