Susceptibilidade antimicrobiana de Staphylococcus haemolyticus isolado de urso
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v23i2.64118Palavras-chave:
Animais silvestres; estafilococose; microbiologia veterinária; resistência microbianaResumo
Resumo
Introdução: o surgimento de bactérias resistentes a antibióticos é uma preocupação crescente tanto na área humana como na
veterinária. Embora o Staphylococcus haemolyticus seja comumente isolado de diversas lesões em animais silvestres, este estudo é
o primeiro a relatar o isolamento de S. haemolyticus a partir de um urso. Objetivo: foi avaliar o perfil de sensibilidade a antibióticos
de S. haemolyticus isolado de uma lesão dérmica de um urso de zoológico. Metodologia: o isolamento foi realizado por meio de
cultura em meio ágar sangue. As colônias formadas foram identificadas utilizando-se espectometria de massas MALDI-TOF. O perfil de
sensibilidade foi definido por teste de difusão em discos, seguindo-se a metodologia do CLSI M2-A8 (2003), e classificado conforme
é preconizado pelo BrCAST (2024). Resultados: a bactéria demonstrou alta sensibilidade à amicacina, gentamicina, doxiciclina e
tetraciclina. Foi observada sensibilidade para azitromicina, eritromicina e clindamicina. Um perfil intermediário de sensibilidade foi
observado para ciprofloxacina e levofloxacina. A bactéria mostrou resistência para oxacilina, ampicilina, amoxicilina, cefalexina e
amoxicilina. Conclusão: este estudo destaca a importância de incluir S. haemolyticus como possível agente etiológico de infecções
em animais silvestres e a necessidade de testes de sensibilidade a antibióticos para orientar o tratamento. A variabilidade na resposta
aos diferentes antibióticos reforça a importância da seleção cuidadosa de antimicrobianos no manejo dessas infecções.
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