Análise química e bioatividade do óleo fixo da borra de café (Coffea arabica) produzido na chapada diamantina (BA) frente ao Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v24i1.59025Palavras-chave:
Antimicrobiano, Antioxidante, LarvicidaResumo
O café é um recurso valioso mundialmente, devido a sua rica composição química e seu alto valor econômico. A presente pesquisa propõe o estudo do óleo fixo extraído do resíduo do preparo da bebida de café (borra de café), que geralmente é descartado. Foi avaliada a constituição química do óleo fixo extraído bem como, o potencial, antioxidante, larvicida e antimicrobiano deste subproduto. A análise química por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas revelou a presença de quatro ácidos graxos sendo o componente majoritário, o ácido linoleico 44,9%, seguido do ácido palmítico 43,56%. Na análise da atividade antioxidante in vitro, o óleo apresentou efeito superior (17,23 ± 8,97) ao ácido ascórbico (10,40 ± 1,40) que foi utilizado como controle positivo pelo Método β-Caroteno, enquanto que através do Método de Sequestro de Radicais Livres DPPH, o óleo não apresentou atividade significativa (p > 0,05). Nos bioensaios com larvas de Aedes aegypti em estágio L2 e L3 foi possível identificar que a ação do óleo como larvicida, depende do tempo de exposição e da concentração, ou seja, quanto maior a concentração (500ug/mL) e maior o tempo(72h), maior a atividade larvicida. O teste para comprovar a ação antimicrobiana, microdiluição em caldo, foi realizado com cepas de bactérias Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Staphylococcus aureus 10 e Escherichia coli ATCC 25922 e Escherichia coli 06 e antibióticos sintéticos (ampicilina, gentamicina, norfloxacina) como controles positivos. Para a cepa da E. coli o óleo da borra de café apresentou concentração inibitória mínima (CIM) dentro de um padrão clinicamente relevante, tanto na bactéria resistente quanto na bactéria padrão, o mesmo foi obervado para cepa de S. aureus resistente. O óleo da borra de café apresentou efeitos sinérgicos na associação com gentamicina, norfloxacina e ampicilina contra cepas resistentes, com reduções nas CIM dos antibióticos. Os resultados evidenciam atividade larvicida e antimicrobiana dos compostos extraídos da borra do café o que representa um achado promissor para a bioprospecção de novos produtos.
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