Estudo da qualidade de vida em portadores de Orbitopatia de Graves e diagnóstico de olho seco
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v22i3.57601Palavras-chave:
Doença de graves, orbitopatia de graves, doença do olho seco, oftalmopatia de graves, hipertireoidismoResumo
Introdução: a orbitopatia de Graves (OG) é frequentemente associada à doença do olho seco (DED), sendo a principal causa de desconforto ocular; é multifatorial, provoca alterações na superfície ocular, aumento da fenda palpebral, maior exposição da superfície ocular, instabilidade do filme lacrimal, aumento da evaporação e osmolaridade. O diagnóstico pode ser feito em testes de rotina; a gravidade e impacto na qualidade de vida podem ser avaliados através de questionários, como o ocular surface disease index (OSDI); é uma ferramenta para avaliar sintomas subjetivos, com pontuação de 0 a 100; com 12 questões, preenchido durante consulta ambulatorial. Objetivo: analisar o impacto da DED na qualidade de vida de pacientes com OG, em fases ativa e inativa, acompanhados no Serviço de Oftalmologia do HUPES/UFBA. Metodologia: trata-se de estudo caso-controle, transversal, prospectivo, observacional e analítico. Os pacientes foram submetidos a anamnese e exame oftalmológico e, posteriormente, a testes diagnósticos para DED e ao questionário OSDI. Resultados: Participaram 29 pacientes com OG, idade média 48,7 anos, 19 do sexo feminino (65,51%); 79,31% estavam na fase inativa (CAS < 3) e 20,68% na fase ativa da doença (CAS ≥ 3). Todos tiveram testes diagnósticos de DED positivos. No OSDI, 51,72% apresentaram pontuação para DED. Entretanto, pacientes com doença clinicamente inativa tiveram pontuação superior àqueles na fase ativa (24 x 12). Conclusão. este estudo analisou o impacto subjetivo da DED em pacientes com OG, tentando elucidar possíveis associações clínico-patológicas, contribuindo, assim para a terapia e melhoria na qualidade de vida dos pacientes.
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