Estudo histológico e histoquímico da elastose solar em lesões de queilite actínica

Autores

  • Caliandra Pinto Araújo
  • Adna Conceição Barros
  • Antônio Adilson Soares de Lima
  • Roberto Almeida de Azevedo Universidade Federal da Bahia
  • Luciana Ramalho
  • Jean Nunes Santos

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v6i2.4191

Palavras-chave:

elastose solar - histoquímica, queilite actínica.

Resumo

A queilite actínica (QA) apresenta-se como uma lesão difusa do vermelhão do lábio inferior, resultante da exposição à radiação solar excessiva, podendo exibir alterações histomorfológicas indicativas de desvios da diferenciação normal. Histologicamente, a característica principal da pele que exibe fotoenvelhecimento é o acúmulo do material basofílico, amorfo, rico em fibras elásticas, denominada elastose solar. Esse aspecto é demonstrado pelas lesões de QA, no entanto, a maioria dos pesquisadores estuda o tecido conjuntivo da pele normal e (ou) exposta, deixando de lado as lesões labiais provocadas por danos actínicos, como é o caso da QA. O objetivo deste trabalho é estudar o grau de displasia e o padrão de organização das fibras colágenas e elásticas nas lesões de queilite actínica. Através das técnicas de rotina, Picrossirius e orceína de Weigert foram estudados respectivamente, o grau de displasia e o padrão de organização das fibras colágenas e elásticas dessa lesão. Dos aspectos clínicos, evidenciou-se uma maior freqüência das lesões de QA no sexo masculino, e a faixa etária atingiu predominantemente a quinta década de vida. Histopatologicamente, seis casos exibiram displasia discreta, quatro exibiram displasia moderada e três, displasia intensa. Na matriz extracelular, foi observada a ausência de fibras colágenas nas áreas correspondentes à elastose solar. Nessas áreas, as fibras colágenas foram substituídas por fibras elásticas, provavelmente dando origem ao acúmulo de material semelhante à elastina, característica das lesões de queilite actínica. Tendo em vista que a matriz extracelular pode influenciar os processos de invasão e migração celulares, a participação desses componentes torna-se importante, uma vez que a queilite actínica é passível de transformação maligna.

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Publicado

2007-02-03

Como Citar

Araújo, C. P., Barros, A. C., Lima, A. A. S. de, Azevedo, R. A. de, Ramalho, L., & Santos, J. N. (2007). Estudo histológico e histoquímico da elastose solar em lesões de queilite actínica. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 6(2), 152–159. https://doi.org/10.9771/cmbio.v6i2.4191

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