Níveis inatos de C3 e C4 em pacientes com leishmaniose visceral tratada e associação com os aspectos clínico-laboratoriais
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v19i2.34872Palavras-chave:
Leishmania, Proteínas do Sistema Complemento, Sinais e sintomas, Testes SorológicosResumo
Introdução: assim que inoculada pelo flebotomíneo, a Leishmania entra em contato com o sistema complemento, sendo que poucos
estudos têm avaliado os níveis inatos dos componentes iniciais C3 e C4. Objetivo: avaliar os níveis inatos dos componentes C3 e C4
do sistema complemento em pacientes curados de leishmaniose visceral (LV) e sua associação com aspectos clínico-laboratoriais no
momento de diagnóstico da doença. Metodologia: foram estudados 29 pacientes com LV curada. Os níveis de C3 e C4 séricos foram
dosados pela técnica de imunodifusão radial simples, após um tempo médio de 59,48 meses pós-tratamento, formados os grupos:
C3: baixo (< 84 mg/dl; n=10), normal (84 a 193 mg/dl; n=14) e elevado (> 193 mg/dl; n=5); C4: muito baixo (< 20 mg/dl; n=10), baixo (20 a 40 mg/dl; n=15) e normal (> 40 mg/dl; n=4). Os dados clínicos e laboratoriais empregados para as análises foram coletados
por levantamento dos prontuários, considerando o período de diagnóstico da doença de cada paciente. Resultados: foi observada
uma correlação positiva fraca entre os níveis de C3 e C4 (rho=0,46; p=0,01). Verificou-se que a maioria dos pacientes sintomáticos
no momento do diagnóstico apresentavam níveis inatos normais de C3 e baixos de C4. Pacientes com C3 baixo apresentaram
maiores níveis do hematócrito em relação ao grupo C3 normal (p=0,0406). Conclusão: conclui-se que o componente C3 do sistema
complemento está associado às alterações do hematócrito, sugerindo o acompanhamento dos seus níveis em pacientes com LV.
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