Benefícios da utilização de bifidobactérias e lactobacilos no tratamento da colite ulcerativa: uma revisão

Autores

  • Eliane dos Santos da Conceição Universidade Federal da Bahia
  • Marcos da Costa Silva Universidade do Estado da Bahia - UNEB
  • Maria Izabel Lamounier Vasconcelos Ganep Nutrição Humana

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v18i2.31849

Palavras-chave:

Bifidobactérias. Lactobacilos. Colite ulcerativa.

Resumo

Introdução: a colite ulcerativa é uma doença crônica, que ocasiona inflamação das mucosas do cólon, ceco e reto. Algumas evidências sugerem que o desenvolvimento e as recidivas da colite estão relacionados à susceptibilidade genética, ao desequilíbrio da microbiota intestinal e a resposta anormal do sistema imunológico à antígenos entéricos. Diante disto, a modulação da microbiota pode ser útil para o tratamento da doença. Objetivo: compilar os principais resultados de ensaios clínicos randomizados sobre a utilização de bifidobactérias e lactobacilos no tratamento da colite ulcerativa. Métodos: trata-se de uma revisão sistemática, que utilizou as bases de dados Pubmed e Google Acadêmico, para pesquisa de artigos originais de ensaios clínicos randomizados em humanos, publicados entre 2003 e 2017, em inglês. Resultados: foram incluídos, dois ensaios multicêntricos, randomizados, duplo-cego; dois ensaios randomizados, duplo-cego; dois ensaios randomizados; e um ensaio randomizado aberto. O tratamento com L. delbruekii e L. fermentum melhorou a inflamação. O leite fermentado com B. breve, B. bifidum e L. acidophilus e a suplementação L. rhamnosus estirpe GG melhoraram os sintomas clínicos, chegando a superar o tratamento padrão. A cepa B. longum induziu a remissão. E o leite fermentado com B. breve e L. acidophilus manteve a remissão da doença. Conclusão: embora, a maior parte dos resultados tenha sido positiva, algumas limitações reduzem a aplicabilidade desses achados em outras populações, como desenho experimental, tamanho da amostra e diversidade de cepas probióticas. Por isso, novos ensaios clínicos randomizados, controlados e com populações maiores devem ser realizados.

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Biografia do Autor

Eliane dos Santos da Conceição, Universidade Federal da Bahia

Graduada em Nutrição pela Universidade do Estado da Bahia- UNEB. Pós-Graduada em Fitoterapia Clínica- Instituto de Pesquisas Ensino e Gestão em Saúde- IPGS. Pós-graduanda Nutrição Clínica e Terapia Nutricional- Grupo de Apoio de Nutrição Enteral e Parenteral- GANEP Educação. Mestranda em Imunologia pela Universidade Federal da Bahia- UFBA. Pesquisadora nas áreas de Imunologia, Fitoterapia e Consumo alimentar.

Marcos da Costa Silva, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Bahia (2007). Doutorado em Imunologia pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é professor da Universidade do Estado da Bahia. Tem experiência na área de microbiologia, Imunologia, Biologia celular e molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: Corynebacterium pseudotuberculosis, linfadenite caseosa, termogênicos, FISH e oncogenética.

Maria Izabel Lamounier Vasconcelos, Ganep Nutrição Humana

Possui Graduação em Nutrição - Faculdades Integradas São Camilo (1986), Título de Especialista em Terapia Nutricional pela SBNPE (1991); Especialização em Nutrição Clínica pela Faculdades Integradas São Camilo (1991); Mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de São Paulo (2000), Especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde Fundação Getúlio Vargas, (2002); Especialização Teórico-Prático em Nutrição e Metabolismo Esportivo pelo Ganep/Minian (2015). Atualmente é Coordenadora dos Cursos de Especialização do GANEP (Prestadora de Serviços), professora convidada do Curso GANEP de Especialização em Terapia Nutricional e Nutrição Clínica.

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Publicado

2019-11-07

Como Citar

Conceição, E. dos S. da, Silva, M. da C., & Vasconcelos, M. I. L. (2019). Benefícios da utilização de bifidobactérias e lactobacilos no tratamento da colite ulcerativa: uma revisão. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 18(2), 260–265. https://doi.org/10.9771/cmbio.v18i2.31849