Ocorrência de distúrbio musculoesquelético em pescadoras artesanais/marisqueiras na Baía de Todos os Santos: uma análise sobre horas dedicadas ao trabalho
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v18i3.29317Palavras-chave:
Distúrbios musculoesqueléticos. Pescadores artesanais. Razão de prevalência.Resumo
Introdução: Os distúrbios musculoesqueléticos são caracterizados por comprometimentos inflamatórios e/ou degenerativos, em diversos segmentos corporais, e atingem diversos grupos de trabalhadores, no entanto, ainda existem poucas evidências científicas que verificam possíveis relações desses distúrbios e horas de trabalho diárias dos pescadores artesanais. Objetivo: Analisar as horas diárias dedicadas ao trabalho de pescadora e a prevalência de distúrbio musculoesquelético em regiões de membros superiores (ombro) e pescoço. Metodologia: Realizou-se um estudo de corte transversal, envolvendo amostra probabilística da população de pescadoras artesanais/marisqueiras do município de Saubara, totalizando 209 pessoas. Utilizaram-se instrumentos validados para população brasileira, tais como: o Nordic Musculoskeletal Questionnaire, Job Content Questionnaire e Demandas físicas adaptadas para o trabalho. Resultados: Evidenciou-se a prevalência de distúrbios musculoesqueléticos em região de pescoço ou ombro, em 71,2% (n=146) das marisqueiras. Ressalta-se que não houve interação entre as variáveis horas trabalhadas/dia e idade, com o p-valor = 0,1807. Verificaram-se associações positivas entre as marisqueiras que trabalhavam mais que 11h por dia com razão de prevalência de 1,23 e intervalo de confiança 95%: [1,04; 1,45] em relação às que trabalhavam menos que 11h, bem como a razão de prevalência de 1,38 e intervalo de confiança 95%: [1,15; 1,65] nas pescadoras com idade superior a 38 em comparação com as mais jovens. Desta forma denotando a degradação da saúde com a carga exaustiva de trabalho.
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