Incidência de necrólise epidérmica tóxica em pacientes admitidos no setor de clínica médica, de um hospital terciário, na cidade de Salvador-Bahia
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v14i3.14979Palavras-chave:
Necrólise epidérmica tóxica. Hanseníase. Incidência. Prata nanocristalina.Resumo
Introdução: a necrólise epidérmica tóxica se caracteriza como uma lesão cutânea rara, relacionada à reação pelo uso de fármacos, acometendo acima de 30% da extensão do corpo. Os sintomas mais comuns são hiperemia dolorosa, podendo estar associada à formação de vesículas. O diagnóstico é clínico e o tratamento se inicia com a imediata suspensão dos fármacos suspeitos e com reposição de líquidos e sais, terapêutica similar a de queimados. Objetivo: conhecer a incidência de necrólise epidérmica tóxica em pacientes admitidos no setor de Clínica Médica, de um hospital terciário, na cidade de Salvador-Bahia. Metodologia: o método utilizado corresponde ao desenho de coorte retrospectiva, onde a obtenção de informações ocorreu mediante a revisão de prontuários dos pacientes admitidos no período de abril de 2013 a abril de 2015. Resultados: foram avaliados 480 prontuários, no entanto, apenas um caso foi encontrado no período proposto. Dada a importância desse achado, o caso encontrado foi relatado, incluindo aspectos clínicos e dados sobre diagnóstico, tratamento e evolução do paciente. Conclusão: com base nos resultados obtidos, observou-se que, possivelmente, a reação cutânea desenvolvida pelo paciente tenha sido desencadeada pelo uso da Dapsona, usada como tratamento poliquimioterápico para a hanseníase, juntamente com a Rifampicina. Todavia, o tratamento medicamentoso a base de analgésicos, corticoides, antifúngicos, cristaloides, e o aporte calórico e proteico da dieta via sonda nasoenteral, associado ao tratamento das lesões cutâneas com cobertura de prata nanocristalina, proporcionaram regressão importante das lesões e resultaram em menor tempo de internamento e de custos hospitalares.
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