Poliomielite – erradicação ou controle?
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v14i2.13413Palavras-chave:
Poliomielite, Poliovírus, Vacinas, Erradicação.Resumo
A poliomielite é uma doença infecciosa aguda causada pelo poliovírus, afeta o sistema nervoso central e leva à destruição de neurônios motores, resultando em paralisia flácida. O vírus pertence à família Picornaviridae e é constituído por RNA de fita simples de polaridade positiva e capsídeo icosaédrico. A doença está sob controle na maior parte do mundo, devido ao uso da vacina a partir de 1955 e a consolidação das medidas imunoprofiláticas, através do programa de imunização massiva iniciada na década de setenta. Entretanto, a ameaça de sua re-emergência persiste. Apesar dos intensos esforços para a erradicação da doença, prevista pela OMS para o ano de 2000, a doença permanece endêmica na Nigéria, Paquistão e Afeganistão. As vacinas de vírus inativado (VIP) (Salk) e atenuado (VOP) (Sabin) começaram a ser usadas, respectivamente, nas décadas de 50 e 60. No Brasil, o Plano Nacional de Imunização Antipoliomielite, passou a adotar o esquema de vacinação sequencial das duas vacinas, a partir de 2012, até então mantida somente com a VOP. Até que a erradicação do poliovírus seja consolidada, as demais regiões do mundo continuam em risco de importação da doença. Além disso, a poliomielite paralítica associada às cepas derivadas dos vírus vacinais (VDPV) impõe um novo e complexo desafio à erradicação da doença. Esta revisão propõe contextualizar as informações atuais da doença, do agente etiológico, vacinas e suas intercorrências.
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