Levantamento epidemiológico de lesões orais potencialmente malignas em um centro de referência na Bahia
DOI:
https://doi.org/10.9771/cmbio.v13i2.11693Palavras-chave:
Leucoplasia, Eritroplasia, Queilite, Líquen Plano Bucal, Neoplasias Bucais.Resumo
Introdução: O câncer bucal é extremamente agressivo, sendo imperativo reconhecer as suas lesões precursoras, as “lesões potencialmente malignas” – a leucoplasia, a eritroplasia, a queilite actínica e o líquen plano – no intento de prevenir a sua progressão. Objetivo: Estimar a prevalência e as possíveis associações das lesões orais potencialmente malignas diagnosticadas no Centro de Referência de Lesões Bucais da Universidade Estadual de Feira de Santana, entre os anos de 1996 a 2012. Metodologia: Estudo descritivo, seccional e de base ambulatorial sobre os 512 casos de lesões orais com poder de malignização, em 409 pacientes. Foram apresentadas as distribuições absolutas e percentuais de todas as variáveis, caracterizando o perfil populacional. Resultados: A leucoplasia foi a lesão mais prevalente (43,6%). Observou-se predominância do gênero feminino (64,8%), da faixa etária de 40 a 59 anos (44,3%) e das cores de pele feoderma (33,0%) e melanoderma (33,3%), como também maior frequência de todas as lesões no estado civil casado (50,1%) e nível de escolaridade 1º grau (45,7%). A leucoplasia prevaleceu tanto nos pacientes com hábitos sinérgicos (34,8%) quanto naqueles que consumiam apenas o tabaco (32,9%) e a eritroplasia, queilite actínica e líquen plano, naqueles que não faziam uso de nenhum dos fatores, com 53,8%, 50,6% e 51,1% dos casos, respectivamente. Conclusões: Os resultados reforçam quanto à extrema relevância e necessidade de uma atenção efetiva e imperiosa a essas lesões com poder de malignização, como também da obrigação de um acompanhamento contínuo e rigoroso dos indivíduos acometidos.
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