Disfunção tireoidiana e sua associação com anticorpos não órgão específico (NOSAs) em portadores de hepatite C

Autores

  • Luis Jesuino de Oliveira Andrade Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz
  • Augusto Cesar Ferreira Lins Faculdade de Medicina - Universidade Estadual de Santa Cruz
  • Raymundo Paraná Faculdade de Medicina - Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.9771/cmbio.v13i2.10330

Palavras-chave:

Hepatite C, Disfunção Glândula Tireoidea, NOSAs.

Resumo

Introdução: As manifestações extra-hepáticas são bem conhecidas no curso das hepatites virais agudas ou crônicas. Na hepatite C crônica (HCV) destacam-se, dentre muitas delas, as disfunções tireoidianas (DT), que podem ser decorrentes de fenômenos imunológicos como a ocorrência de autoanticorpos não órgão específicos (NOSAs). Objetivo: Avaliar a associação entre DT e NOSAs em pacientes com HCV antes e durante o tratamento com interferon (PEG-IFN) e ribavirina (RBV). Metodologia: Estudo de coorte prospectivo. No período de dois anos, no Ambulatório de Hepatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, foram estudados prospectivamente 65 pacientes com HCV candidatos à terapia com PEG-IFN e RBV, avaliando-se a função tireoidiana, através da dosagem da tiroxina livre (T4L) e do hormônio estimulante da tireóide (TSH) e seu perfil de autoimunidade por meio da titulação do anticorpo antiperoxidase (TPO-Ab) antes (S0) e nas semanas 12 (S12) e 24 (S24) de tratamento, correlacionando sua associação com o painel de NOSAs. O painel de NOSAs constou da avaliação do anticorpo antinuclear (ANA), anticorpo anti-músculo liso (SMA), anticorpo antimitocondrial (AMA), anticorpo anti-neutrófilo-citoplasmático (ANCA) e anticorpo microssomal anti-fígado/rim (LKM1). Resultados: A idade média dos pacientes (38 mulheres e 27 homens) foi 49,61 ± 11,83 anos (22-66 anos). Dos 65 pacientes, 7 (10,76%) apresentavam alterações tireoidianas em S0, 11 pacientes (16,92%) em S12 e 18 pacientes (27,69%) em S24. A avaliação do painel de NOSAs apresentou os seguintes resultados: SMA positivo em 22 indivíduos (33,8%), ANA positivo em 8 (12,3%), ANCA positivo em 6 (9,6%), ACA positivo em 5 pacientes (7,7%) e LKM1 positivo em 1 paciente (1,5%). A positividade de SMA apresentou o maior risco relativo (3,91) de desenvolvimento de DT ao final de M6. Conclusão: Os NOSAs apresentam frequência importante em HCV, estando associada à DT, demonstrando assim que a função tireoidiana e seu perfil de autoimunidade devem ser avaliados em pacientes com HCV.

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Publicado

2015-01-05

Como Citar

de Oliveira Andrade, L. J., Ferreira Lins, A. C., & Paraná, R. (2015). Disfunção tireoidiana e sua associação com anticorpos não órgão específico (NOSAs) em portadores de hepatite C. Revista De Ciências Médicas E Biológicas, 13(2), 142–146. https://doi.org/10.9771/cmbio.v13i2.10330

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